Hélio Schwartsman

Jornalista, foi editor de Opinião. É autor de "Pensando Bem…".

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Hélio Schwartsman

Pandemia mostra que fracassamos como sociedade

Cada dia que Bolsonaro fica na Presidência atesta o nosso fracasso

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O Brasil vive uma tragédia nacional. Já empilhamos mais de 2.000 cadáveres por dia devido à Covid-19, e essa aritmética macabra ainda vai piorar antes de melhorar.

A situação nos hospitais é desesperadora. A cada dia chegam mais pacientes graves e há menos recursos disponíveis para tratá-los. A sensação é a de um tsunami que vem se aproximando e tudo o que temos para tentar manter a água do lado de fora são baldinhos de praia.

O colapso simultâneo de várias redes já é inevitável; ainda dá para fazer alguma coisa em relação à duração que terá esse pesadelo, se adotarmos medidas mais fortes de distanciamento social.
Não se pode, é claro, pôr todos os óbitos por Covid-19 na conta de Jair Bolsonaro, mas ele responde por uma porção significativa deles. Se o presidente tivesse comprado as doses de vacina que lhe foram oferecidas em meados do ano passado, já viveríamos uma situação muito melhor.

Se não tivesse estimulado prefeitos e governadores que lhe são simpáticos a sabotar as medidas de distanciamento social e o uso de máscaras, talvez nem tivéssemos o problema da variante amazônica do Sars-CoV-2, que já é considerada uma ameaça mundial.

Bolsonaro, porém, não só deixou de fazer o mínimo que se espera de um governante como ainda insiste em zombar de milhões de brasileiros que choram seus mortos. Ele é um desastre como administrador e como ser humano.

Há uma corrente de cientistas políticos que afirma que o que faz a democracia funcionar é a facilidade com que permite que um país se livre de maus governantes. Sob essa ótica, cada dia que Jair Messias Bolsonaro permanece na Presidência atesta nosso fracasso como sociedade.

Os paraguaios, que até aqui se saíram melhor que nós na pandemia (486 mortos por milhão de habitantes contra 1.292), se revoltaram e têm chance de despachar um presidente cujo desempenho julgam insuficiente. Inveja do Paraguai.

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