Janio de Freitas

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Lindôra e Aras não querem que o STF cometa o mesmo acerto outras vezes

Eles requerem para Roberto Jefferson no máximo a prisão domiciliar, com sua retirada do inquérito sobre ameaças à democracia

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O mais recente episódio de homicídios simultâneos cometidos pela Polícia Militar, no Rio, teve como primeira justificativa oficial a busca de um traficante que se exibia com arma, desafiante. A ação da PM fez 28 mortos, alguns com tiros pelas costas, vários refugiados em casas, muitos desarmados e, mesmo assim, assassinados à queima-roupa em alegadas trocas de tiros.

A já famosa subprocuradora Lindôra Araújo e o procurador-geral Augusto Aras, do Ministério Público Federal, não teriam ingerência no caso. Muito identificados entre si, encontraram uma situação semelhante, na origem, e entraram em ação.

Marginal por marginal, um homem branco exibiu-se para fotógrafos e nas redes, primeiro, com uma carabina no gabinete do general-ministro Luiz Eduardo Ramos, sorridente ao seu lado. Depois, braços cruzados no peito, com uma pistola em cada mão. Assim em condições de ser valente, emitiu ameaças ao Supremo, à democracia, a magistrados e à oposição ao bolsonarismo.

O ministro Alexandre de Moraes, de acordo com pedido da Polícia Federal, enquadrou-o no inquérito das fake news e ameaças à democracia, prendendo-o por indício de participação em investigada quadrilha de golpistas.

Agora, Lindôra e Aras requerem ao Supremo, para Roberto Jefferson, no máximo a prisão domiciliar, com sua retirada do inquérito sobre ameaças à democracia. E querem que não seja o ministro Edson Fachin a julgar o habeas corpus de Jefferson. Para o Supremo não cometer o mesmo acerto outras vezes.

Foi depressa comprovado que a permanência de Aras como procurador-geral vem de decisão apropriada dos seus assemelhados no Senado, todos prevenindo-se do futuro pessoal.

A fraternidade atuou também com os colegas de Aras e Lindôra no Ministério Público Militar, que, em inquérito apenas aparente, decidiram não haver crime na prática de atos políticos pelo general da ativa Eduardo Pazuello e o comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista. Apesar de o Estatuto dos Militares dizer que sim. E o brigadeiro estabelecer a diferença entre militares e civis: "nós não somos lenientes com desvios". Tão modesto quanto veraz.

O golpismo tem muitas faces.

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