Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.
Dunga foi melhor que a seleção
Dunga escalou bem ao fazer de Lucas Lima titular e errou ao deixar Douglas Costa no banco, embora pareça razoável a tentativa com Ricardo Oliveira, porque conservador como é, o treinador dificilmente abrirá mão de um centroavante centroavante, isto é, a velha referência na grande área.
Dunga também não vai bem quando insiste com David Luiz, o valentão destrambelhado.
Mas diante de um primeiro tempo de dar vergonha tão ridícula foi a atuação brasileira, e de um começo de segundo que parecia fadado a repetir o fiasco, Dunga agiu certo ao tirar Ricardo Oliveira e botar Douglas Costa.
Desnecessário lembrar que logo de cara o atacante do Bayern de Munique cabeceou na trave a bola que acabou nos pés de Lucas Lima para decretar o empate que não era justo até ali mas que acabou sendo porque os argentinos sentiram o gol e permitiram aos brasileiros jogar melhor que eles.
A seleção foi nota 5,5 e Dunga mereceu um 7.
CLUBE EMPRESA
Depois de amanhã o Congresso Nacional analisará os vetos do governo federal na nova lei do futebol, a Profut.
Mais que expectativa, há uma forte esperança de que até os parlamentares da situação derrubem o inexplicável veto, do ministério da Fazenda, ao artigo que concede incentivo a quem transformar o departamento de futebol em sociedade empresarial.
A alegação de que a medida significa imediata queda na arrecadação não levou em conta que, a médio e longo prazos, significará arrecadações cada vez maiores, sem se dizer que induzirá ao profissionalismo na gestão.
Se fosse Dilma Rousseff pediria a derrubada do veto.
Errar é humano, reconhecer o erro é...
DIREITO DE RESPOSTA
Que haja garantias de defesa para quem for injustiçado na imprensa é indiscutível.
São tantos os exageros, os erros e o desrespeito que ninguém de boa-fé deve discordar.
Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
O prazo de apenas 24 horas para que se justifique aquilo que alguém possa ter considerado ofensivo é evidentemente inconstitucional.
A prevalecer, e é de se duvidar que o STF mantenha tamanho absurdo, prepare-se a rara leitora e o raro leitor para ler, como direito de resposta, barbaridades como as seguintes, retiradas de ações na Justiça de um suposto ofendido: "Em sua impecável biografia, conta o querelante (José Maria Marin), com relevantes serviços prestados ao futebol paulista e brasileiro. Atualmente, o requerente, do alto de seus 81 anos de idade, preside, desde março de 2012, a CBF e o COL (Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014) tendo empreendido, desde o início de sua gestão à frente da entidade máxima do futebol brasileiro, seu estilo enérgico e destemido".
É de Marin, mas poderia ser de Ricardo Teixeira. A coluna tem um arquivo de dezenas de vitupérios semelhantes.
Desnecessário mencionar onde se encontra o cidadão detentor de tais qualidades "impecáveis, enérgicas e destemidas".
Que ele se julgue merecedor dos adjetivos é compreensível. Que alguém seja obrigado a publicá-los é inaceitável.
E que você tenha de lê-los é ainda pior, por ofender a sua inteligência.
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