JOÃO AGRIPINO Doria é santista, prefeito de São Paulo e tem o Pacaembu, que ele quer privatizar, sob sua gestão.
Mas com frequência absurda nos jogos no estádio da prefeitura a luz acaba e os jogos param.
Assim aconteceu na Taça São Paulo, no jogo entre Santo André e Corinthians e no clássico entre Santos e Corinthians.
Parece que querem provar que o chamado “próprio da municipalidade” não pode mesmo ser público.
Uma vergonha!
Agravada pela saída de Agripino do estádio assim que a luz acabou, certamente para não ouvir reclamações.
Corajoso, o gestor!
Muito ruim porque o clássico que transcorria muito bem foi paralisado aos 22 minutos do 2º tempo e por nada menos que 50 minutos.
Até então o Corinthians vencia por 1 a 0, num tirambaço de Renê Júnior desviado no ombro de Leo Citadini, e havia sido mais perigoso no primeiro tempo, graças, também, aos inúmeros erros de saída de bola santista.
O embate até surpreendia pela velocidade e porque disputado lá e cá, sem parar.
Já na metade final, não.
Era o Santos quem mandava no jogo, sem dar mostras de sentir o esforço de ter jogado em Cusco, no Peru, a 3.400 metros de altitude, na quinta-feira (1º).
O Corinthians havia jogado na noite anterior, em Bogotá, Colômbia, a 2.600 metros.
Daí o Santos ter motivos de sobra para reclamar com o alcaide peixeiro exatamente quando o clube resolveu mandar seus jogos no estádio mais acolhedor da Pauliceia, embora tenha retomado o comando do clássico tão logo a luz voltou.
A Rede Globo também há de ter odiado a paralisação, digna de desmontar sua programação.
Como visitante e com torcida única o Corinthians pareceu sentir mais a paralisação, embora tenha criado duas chances ótimas de gol com Jadson e Rodriguinho.
Mas foi o Santos mesmo que empatou com o menino Diogo Vitor, ao pegar o rebote de defesa de Cássio, e acabou vítima da não marcação de pênalti cometido por Balbuena já nos acréscimos.
Por justiça, o Santos, mesmo sem o suspenso Gabigol, merecia ter vencido o clássico mais antigo de São Paulo, porque surrupiado em penalidade máxima na cara do assoprador de apito.
TITE VÊ GUARDIOLA
Tite viajou a Manchester para ver o City enfrentar a retranca do Chelsea que o técnico conheceu em 2012.
O Chelsea, bem entendido, não a retranca.
Então, na decisão do Mundial de clubes, o Corinthians venceu por 1 a 0 e quem jogou fechado, porque inferior, foi o time brasileiro.
Ontem (4) o time londrino sabia que não poderia jogar de igual para igual contra a máquina montada por Pep Guardiola.
Graças ao modo paciente de jogar do Manchester City, Tite viu nova vitória dos anfitriões e líder disparado da Premier League.
Bola no pé, inversão de jogadas, busca de explorar os lados do campo, tantas o MC fez que, aos 33 segundos do segundo tempo, a muralha londrina armada pelo italiano Antonio Conte ruiu.
Tite sabe que pelo menos os três primeiros adversários da seleção brasileira na Copa do Mundo jogarão como o Chelsea.
Quis ver in loco como Guardiola faz seu time não perder a frieza porque a paciência é a maior virtude dos sábios.
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