Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

Fim de semana foi frustrante para as quatro maiores torcidas do continente

De erros do árbitro em Itaquera a chuva em Buenos Aires, o Flamengo foi quem se deu pior, perdeu

Começou com a frustração da segunda maior torcida do Brasil, e da América do Sul, padecendo mais uma vez, com tem sido frequente neste Brasileiro, com erros do assoprador de apito e seus atrapalhadores, o levantador de bandeirinhas e a samambaia que fica plantada atrás do gol.

Graças ao trio de incompetentes, a Fiel torcida corintiana sofreu com a não validação escandalosa de um gol e com dois pênaltis não assinalados.

Mesmo assim, com um jogador a menos durante todo o segundo tempo, viu o Corinthians empatar 1 a 1 com o São Paulo.

Torcedores do Boca Juniors durante o jogo de ida da final da Libertadores, contra o River Plate, em La Bombonera.
Torcedores do Boca Juniors durante o jogo de ida da final da Libertadores, contra o River Plate, em La Bombonera. - Eitan ABRAMOVICH/AFP

Mas saiu com o gosto amargo de deixar de ganhar o oitavo ponto por erros de arbitragens no campeonato, segundo até a Casa Bandida do Futebol admite.

Quer dizer, o Corinthians não só não correria o risco do rebaixamento como brigaria por vaga na Libertadores, em sexto lugar e não no 12º, apesar do time desmanchado e medíocre, graças a Andrés Desmanches Sanchez.

Também porque o nível técnico do torneio não é tão melhor.

Também frustrada ficou a terceira maior torcida do país, e quarta do continente, a do São Paulo, acovardado mesmo com 11 contra 10 em Itaquera, onde segue sem vitórias após nove Majestosos.

Mais decepcionada ainda ficou a maior torcida brasileira e continental, a do Flamengo, derrotado por 2 a 1 pelo Botafogo e praticamente alijado da disputa do título.

 

Sim, o sábado, 10 de novembro, foi de lascar.

Porque nem o aguardado jogo de ida do superclássico decisivo do torneio continental pôde ser realizado, tamanho o dilúvio sobre a Bombonera, como se o jogo que ninguém queria, embora todos quisessem, tivesse recebido um aviso do céu sobre sua inadequação para os corações portenhos e argentinos em geral –os que batem pelo Boca Juniors e pelo River Plate, as duas maiores torcidas da pátria do libertador José de San Martín.

Como se Buenos Aires tivesse se transformado na Macondo do livro "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez. 

 

Na cidade imaginada pelo genial colombiano, choveu durante quatro anos, onze meses e dois dias. 
Mas o começo da decisão da Libertadores não poderia ficar para 2023 e, quando "eran las cinco en punto de la tarde", o superclássico começou para terminar num belíssimo 2 a 2, mas decepcionante para os donos da casa, que ficaram duas vezes na frente e não contavam com o empate que tornará ainda mais difícil a volta olímpica no Monumental de Nuñez.

Atenção e em tempo: a informação é da Conmebol; os xeneizes teriam a terceira maior torcida da América do Sul.

No creo, pero...

Mais frustração

Também a quinta maior torcida brasileira, a do Vasco, amargou novo insucesso, ao perder, como era de se prever, para o Grêmio em Porto Alegre, 2 a 1, com o que os gaúchos assumiram o quarto lugar, que era do São Paulo, e os cariocas seguiram em seu flerte com o quarto rebaixamento em dez anos.

Sem frustração

Fim de semana bom mesmo passou o palmeirense, quarta maior torcida brasileira e sétima do continente.

Seu time arrancou precioso empate, 1 a 1, com o Galo no Horto, e permaneceu cinco pontos à frente do Inter, que também ficou no 1 a 1 com o Ceará, no Castelão.

Só que o Alviverde podia empatar, e o Colorado tinha de vencer, a diferença que faz um campeão para quem não passa de ser vice.

O Palmeiras foi melhor no primeiro tempo, os mineiros no segundo, e o resultado acabou justo, passo quase definitivo para o título.

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