Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

Palmeiras deve ser campeão no mesmo palco de título corintiano em 2015

São Januário tem tudo para ser o santo protetor dos paulistas

É improvável que o Vasco vença o Palmeiras em São Januário, por mais que o velho e simpático estádio carioca lote e vire um caldeirão.

Até o empate, que provavelmente bastará ao alviverde para ser campeão, parece missão impossível ao cruzmaltino, a menos que Felipão ponha em prática seu habitual pragmatismo e oriente o time para se contentar com o pontinho que pode significar pontão.

Difícil será convencer Dudu a não partir para cima dos adversários, porque ele, como o gremista Everton, é daqueles raros jogadores brasileiros sem medo do enfrentamento um a um com seus marcadores. 
Não é menos improvável a vitória do Flamengo, no Mineirão, contra o Cruzeiro.

 
Jogadores do Palmeiras comemoram gol diante do América-MG, no Allianz Parque
Jogadores do Palmeiras comemoram gol diante do América-MG, no Allianz Parque - Ronny Santos/Folhapress

E se o rubro-negro não fizer três pontos o Palmeiras será campeão mesmo que perca.

Verdade que o Cruzeiro não tem mais nada a fazer no campeonato, mas haverá de querer deixar boa impressão na derradeira apresentação em Belo Horizonte na temporada.

Tudo isso para dizer que a coluna aposta que sim, será neste domingo (25) a festa de campeão do Palmeiras, no mesmo palco da festa corintiana em 2015. São Januário tem tudo para passar a ser o santo protetor dos paulistas.

Se o título não for comemorado até o colunista ficará ansioso à espera da última rodada.
Porque, então, a festa virá.

Campeão caído
O atual campeão brasileiro precisa vencer, em casa, contra a Chapecoense

Mas para fugir, matematicamente, do rebaixamento. Ah, lembre-se, o atual campeão é o Corinthians.
Parece mentira, não?

Pode também perder e assim mesmo se salvar.

Convenhamos, seja como for, é vergonhoso, digno da gestão de Andrés Desmanches Sanchez. Certas quedas morais são tão graves como as de fato.

Só vitória

Já o São Paulo, tem porque tem de vencer o Sport nesta segunda-feira (26), no Morumbi.  

Com campanha ridícula no segundo turno, em 13º lugar com só quatro vitórias, quatro derrotas e nada menos de nove empates, não ganhar praticamente significará dar adeus à vaga direta na Libertadores.
Pensar que o tricolor foi o campeão do primeiro turno...

Lambanças sem pudor

A rocambolesca história, muito bem contada pelos repórteres Diego Garcia e Sérgio Rangel nesta Folha na sexta (23), sobre a última lambança da CBF na escolha do comprador dos direitos do Brasileiro para o exterior, revela como nem mesmo depois das saídas de Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, os protagonistas do “Golpe Caboclo” se emendaram. 

Coisas nossas.

Pois a Lava-Jato não mostrou que alguns dos presos em Curitiba continuaram a delinquir em suas celas?
Os chefões do PCC e do Comando Vermelho também não comandam seus comparsas até de presídios de segurança máxima?

Imaginem a rara leitora e o raro leitor como fazem os que estão soltos.

A “nova” CBF, adora o termo “compliance” e continua a seguir os seus métodos de sempre, os mesmos que impedem Teixeira e Del Nero, além de outros personagens menos votados como Kléber Leite e Marcelo Campos Pinto, de viajar, e mantêm Marin na prisão nos EUA.

Walter Feldman, o secretário-menor da Casa Bandida do Futebol, supõe ser o único esperto em meio à mediocridade que habita o prédio da Barra da Tijuca.

Fala em transparência e segue agindo nebulosamente às portas de novo escândalo.

Quando é a dúvida.

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