Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Santos e Fluminense protagonizam fiascos na Copa Sul-Americana

Dois dos times que jogam do modo mais moderno caíram diante de equipes fracas

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Jorge Sampaoli observa a partida do Santos contra o River Plate (URU) pela Copa Sul-Americana
Jorge Sampaoli observa a partida do Santos contra o River Plate (URU) pela Copa Sul-Americana - Amanda Perobelli/Reuters

A busca de futebol bem jogado pelos treinadores Jorge Sampaoli e Fernando Diniz sofreu duros revezes ainda na primeira fase da Copa Sul-Americana.

O Santos, do técnico argentino, eliminado pelo modesto River Plate uruguaio, graças ao gol do 1 a 1 fora de casa no Pacaembu deserto.

O Fluminense, é verdade, ainda com chances de sobrevivência, caso vença ou empate com gols no jogo de volta contra o também pequeno Antofagasta chileno, pelo mesmo torneio, depois do pobre 0 a 0 no Maracanã.

Empates que retratam a pobreza técnica do futebol brasileiro, embora não devam condenar os esforços de Sampaoli e Diniz em suas tentativas de sacudir o estilo modorrento que tem caracterizado nossos times mais poderosos.

A noite da quarta-feira (27) estava reservada para a provável eliminação do Corinthians pelo forte Racing, ainda pela Sul-Americana, e para a confirmação do Galo na fase de grupos da Libertadores contra o frágil Defensor uruguaio.

Escrevo antes dos dois jogos e para não passar vergonha devo advertir que o alvinegro paulista pode ter pintado como zebra em Avellaneda por enfrentar o líder do Campeonato Argentino com oito reservas e que a eliminação do clube mineiro seria apenas mais um vexame à altura do vivido pelo São Paulo frente ao Talleres.

Nada é impossível no esporte, assim como se a noite tiver sorrido duplamente para os brasileiros em nada alterará o momento lamentável vivido por nosso futebol.

Razão pela qual a quarta-feira interessou muito mais pelo 3 a 0 do Barcelona sobre o Real Madrid, pela Copa do Rei.

E olhe que os dois gigantes espanhóis estão longe de jogar o que já jogaram —os madridistas incapazes de superar a ausência de Cristiano Ronaldo e os catalães padecendo de saudades de Andrés Iniesta.

A sorte do Barça está em Lionel Messi disposto a mostrar ser capaz de levar a equipe blaugrana nas costas, como Diego Maradona fazia com a seleção argentina. 

Porque se o dono de Camp Nou é “Més que un club”, Messi é “Més que un jugador”.

O craque rosarino transcende. 

Na rodada passada do Campeonato Espanhol, liderado por seu time, duas vezes ele empatou com o Sevilla até virar o placar e ainda, não satisfeito com o 3 a 2, dar o passe para Luis Suárez fazer o quarto gol.

Não foram três gols quaisquer, registre-se, porque um de voleio, outro no ângulo e mais um de cavadinha.
Mesmo sujeito a me arrepender, já arrisco a me inscrever entre aqueles que o tem como o segundo melhor de todos os tempos, atrás apenas do Rei Pelé.

Certamente não é maior que Maradona para os argentinos ou que Johan Cruijff para os holandeses. Mas é melhor que ambos.

Muito melhor? Não, melhor, o que já é muito. 

Muito melhor só Pelé.

Faça como digo...

...não como faço. 

Eis a CBF querendo impor aos clubes a política de relacionamento com os técnicos. 

A intenção é ótima, o exemplo péssimo. 

Basta ver quantas vezes um treinador que perdeu a Copa do Mundo voltou na seguinte.

Ou o rodízio exasperante nas seleções das categorias de base, infernal dança de cadeiras.

E o que é pior: como fazem os clubes, a CBF troca de técnicos sem nenhuma lógica, nenhuma coerência de continuidade filosófica.

LEÃO MANSO

A Receita Federal se mete com ministros do STF. 

Mas é generosa com ex-presidentes da Casa Bandida do Futebol. 

Até quando, Marcos Cintra?

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