Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Juca Kfouri

O Timão mereceu mais do que o Flamengo

O empate não fez justiça ao melhor desempenho dos alvinegros

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Enfim, uma boa exibição do Corinthians no Campeonato Brasileiro, apesar do empate em 1 a 1 com o Flamengo ter sido frustrante, ainda mais porque decretado pelo VAR seis minutos depois do tento legal de Gabigol.

Se o primeiro tempo foi bem disputado, mas de poucas emoções, o segundo teve outra pegada, com os anfitriões fazendo valer o mando de campo e acuando os visitantes não só até fazer 1 a 0, com Clayson cobrando pênalti, mas, sobretudo, porque seguiram em busca de ampliar o resultado, diferentemente do que costumam fazer.

O corintiano Clayson, que marcou, e Vagner Love, que sofreu o pênalti, comemoram gol que abriu o placar em jogo contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro, na Arena Corinthians
O corintiano Clayson, que marcou, e Vagner Love, que sofreu o pênalti, comemoram gol que abriu o placar em jogo contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro, na Arena Corinthians - Amanda Perobelli/Reuters

Se há um consolo para o empate no fim do Clássico do Povo, este está exatamente na postura corintiana, à altura do estádio tomado por quase 35 mil torcedores.

Ao enfrentar um time como o do Flamengo, individualmente superior e com mais poder de decisão, o que se viu foi um Corinthians valente, agressivo, o tempo todo em busca da vitória, sem se intimidar em nenhum momento diante do potencial de fogo do rival.

É claro que o corintiano saiu frustrado de Itaquera e o flamenguista voltou feliz para o Rio.

A diferença está em que o Fiel tem motivos para voltar a acreditar em seu time, sentimento que faz tempo andava distante dos corações alvinegros.

Dá para acreditar, ao menos, em lutar por uma vaga no quarteto do topo da tabela.

Santos em alta

A vitória do Santos contra o Botafogo por 1 a 0 aconteceu como a coluna esperava.

Porque enquanto Jorge Sampaoli quis ganhar, Eduardo Barroca só não quis perder.

Mesmo durante os 20 minutos em que o time carioca teve um jogador a mais em campo não soube explorar a vantagem.

Atacante Marinho comemora gol da vitória do Santos contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, no Rio
Atacante Marinho comemora gol da vitória do Santos contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, no Rio - Ricardo Moraes/Reuters

Quando os dois times ficaram com dez jogadores, o paulista, além de fazer um golaço com Marinho, ainda teve pelo menos mais três chances claras para ampliar.

O Santos chegou ao mesmo número de pontos do Palmeiras e tem uma semana inteira de descanso e treinos para pegar o lanterna Avaí na Vila Belmiro, enquanto o líder por saldo de gols terá dias duros pela frente até receber o Vasco.

A dúvida está em saber o que pesará mais até o fim do Campeonato Brasileiro: o elenco mais curto ou o calendário mais folgado para os santistas?

Palmeiras em queda

Que a parada fez mal ao time de Felipão está óbvio.

Em busca de não deixar a peteca cair depois da eliminação da Copa do Brasil, o treinador surpreendeu ao escalar os titulares na inesperada derrota para o Ceará.

Se fosse pouco, o susto no voo para Mendoza abala os nervos palmeirenses já à flor da pele como ficou demonstrado em Fortaleza.

Se a intenção alviverde foi a de desmentir os que consideravam o título brasileiro como favas contadas, como este apressado colunista, o objetivo está alcançado.

Embora o Palmeiras siga como maior favorito.

Aliás, santistas e flamenguistas devem torcer para o Palmeiras seguir vivo na Libertadores.

E o São Paulo?

Qualquer resultado diferente da vitória contra a Chapecoense, no Morumbi, será inaceitável.

O São Paulo entrou naquele modo antipático de ter a obrigação de vencer adversários menos qualificados.

Em casa, principalmente, mas fora também.

Pobre em Paris

Como os pobres de Paris, Neymar, ao desconhecer onde enfia seu nariz, mendiga saída à francesa do PSG, aparentemente sem contar com a boa vontade de seu empregador.

Da recepção triunfal pela Torre Eiffel tricolor ao afogamento no rio Sena, nosso Peter Pan talvez se dê conta que papai não sabe tudo.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.