Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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O Santos é um show

Líder do Brasileiro cria expectativa para o San-São da próxima rodada

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Escolha o seu “S”: Santos, Sampaoli, Soteldo, Sánchez, Sasha, show. Ou sétima vitória seguida, saldo já igual do vice-líder, 6 a 1, Santástico!

Quem não é santista dirá que o Flamengo também goleou o Goiás pelo mesmo placar e que o ataque rubro-negro está à frente.

Soteldo comemora o quinto gol do Santos na goleada por 6 a 1 sobre o Goiás
Soteldo comemora o quinto gol do Santos na goleada por 6 a 1 sobre o Goiás - Ivan Storti/Santos FC

É verdade, mas gastou muito mais e ainda teve de buscar Gabigol na Vila Belmiro, onde foi revelado. Ou seja, o DNA goleador do Brasileiro está nas praias do litoral paulista.

Fato é que não há time no país tão gostoso de ver como este Santos, que agora terá cinco dias para se preparar para o San-São do sábado (10), no Morumbi.

Mais de 13 mil torcedores lotaram a chamada Vila mais famosa do mundo e viram aquilo que os times brasileiros costumam sonegar: o espetáculo de quem não se contenta com o triunfo.

Qual é o limite do elenco santista é a pergunta que todos seguiremos fazendo, embora haja outra: com apenas um jogo em regra por semana, até onde a volúpia santista chegará?

O primeiro terço do torneio já se foi e nada indica, apesar das confusões da direção do clube, queda de rendimento.

E se o elenco tem carências, tem também equilíbrio. Os que eventualmente não puderem jogar aqui ou ali têm substitutos à altura.

Além do mais, não importa. Vale viver o momento. Carpe diem!

ESTÃO VOLTANDO

Depois da volta dos laterais Rafinha e Filipe Luís para o Flamengo, Daniel Alves também retorna ao país depois de longo e glorioso inverno.

Ótimas notícias? Sem dúvida!

Rafinha em poucos jogos já mostrou o quanto tem de útil e Filipe Luís e Daniel Alves ainda jogam na seleção brasileira.

Daniel Alves, além do mais, é carismático e fará o meio de campo tricolor subir alguns degraus em liderança e criatividade.

Sua contratação anima a alma são-paulina e desperta brincadeiras as mais variadas: jogador de 40 taças, o mais vitorioso da história, três a mais que o segundo, ninguém menos que o Rei Pelé, não estaria cansado, aos 36 anos, do futebol, mas apenas de ser campeão.

Se repetir a saga de Zizinho e Cerezo, para citar apenas dois veteranos bem-sucedidos no São Paulo, os engraçadinhos o verão aumentar a coleção.

A contratação do melhor jogador da recente Copa América despertou, ainda, exageros como os de considerá-la a maior repatriação do futebol brasileiro, como se Romário, no auge, e Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, em fim de carreira, não a superassem.

De tudo, no entanto, o mais importante não é nem isso.

Relevante mesmo, e preocupante, é constatar como se acentua o retrato de um futebol de jovens talentos logo exportados e de velhos importados, embora, principalmente no caso de Daniel Alves, ainda com mercado no exterior.

Entre os juniores e os seniores, melhor seria que os primeiros pudessem permanecer e que os segundos não sucumbissem vítimas do calendário insano. Enfim, o trio é muito bem-vindo.

ESPANTOSO!

Espantoso mesmo, para usar a palavra utilizada pelo diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, no artigo para a Ilustrada de sábado (3), é considerar o esporte mais como espetáculo que como atividade econômica e permitir aos jornalistas da área virarem garotos-propaganda.

Até da Gol, patrocinadora da CBF, cujos três últimos presidentes, a exemplo de cartolas pelo mundo afora, são protagonistas do Fifagate.

De fato, um espetáculo! De conflito de interesses.

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