Dos vaticínios feitos pela coluna sobre a temporada alviverde dois já se materializaram: as eliminações tanto da Copa do Brasil quanto da Libertadores.
Somadas à queda até no Paulistinha, ambas revelam como o Palmeiras se dá mal nos mata-matas sob o comando de Felipão.
Falta agora acontecer a terceira previsão: a do bicampeonato brasileiro.
Antes de mais nada é preciso dizer que previsão não é mero palpite, praga que nos obrigam a dar para divertir o leitor ou telespectador.
Um prognóstico vai além do pitaco, porque baseado em análise, observação do comportamento da equipe, balanço de seus acertos e erros, qualidades e defeitos.
Pois bem.
Como esta coluna foi escrita antes do jogo Inter x Flamengo, precisou trabalhar com duas realidades, para não dar palpite irresponsável, embora apostasse na classificação carioca.
A primeira delas trata da melhor das hipóteses para o Palmeiras terminar o ano como bicampeão brasileiro, ou seja, com a permanência do Flamengo no torneio continental, dividido, portanto, entre a Libertadores e o Brasileiro.
Principal adversário do Palmeiras na disputa por chegar à frente na maratona nacional, o Flamengo, caso tenha sobrevivido ao Inter no Beira-Rio, terá de dosar sua força antes de enfrentar o Grêmio nos dias 1º e 22 de outubro.
Se tiver sido eliminado pelo Colorado, o Flamengo, também frustrado, já encarará o Palmeiras a partir deste domingo (1º), no Maracanã, para matar ou morrer.
O que terá sido pior: a derrota em casa para o Grêmio sofrida pelo Palmeiras com a vantagem do 1 a 0, ou a do Flamengo, fora, com 2 a 0 a seu favor?
Especulações à parte, também os não palmeirenses e não flamenguistas, exceção feita aos gremistas, estão frustrados por não poder ver o embate entre os dois elencos mais caros do país nas semifinais da Libertadores.
E corremos todos o risco de viver frustração ainda maior caso a semifinal seja disputada pela dupla Gre-Nal como quase certamente será na Copa do Brasil, na final.
Nada contra os gaúchos, ao contrário, mas, convenhamos, tratar-se-á (saudades de Temer...prova de que nada é tão ruim que não possa piorar) de overdose de Gre-Nais.
De tudo, uma certeza: o Palmeiras tem totais condições de terminar 2019 com nova festa pela conquista do título brasileiro, mas precisará jogar como fez em Porto Alegre e até mesmo no primeiro tempo no Pacaembu.
Porque insistir em ligações diretas e em alçar bolas na área não é recurso de time tão milionário.
Como insistir com Deyverson e Felipe Melo também não é inteligente.
Um não tem cabeça nem futebol. O outro tem bola, mas, invariavelmente, deixa o time na mão da hora da decisão, embora colabore a seu favor que, daqui por diante, o Palmeiras não terá mais mata-matas a disputar.
A "Maldição de Lula" desde que viu o cada vez mais impopular presidente da República levantar a taça em 2018 se desenha tão profética como a coluna até aqui, com a diferença de que o colunista ainda acredita no bicampeonato.
Com convicção cada vez menor, é verdade, mas ainda viva.
Tragédia paulista
A semana que começou trágica para os paulistas diante do Fortaleza, Vasco e Avaí, e seguiu catastrófica ante o Grêmio, pode ser fechada com chave de lata caso o Fluminense elimine o Corinthians na Copa Sul-Americana, no Maracanã.
Convenhamos, será só o que falta. Que fase!
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