Talvez ainda seja muito cedo, transcorridas apenas 15 rodadas do Campeonato Brasileiro.
Líder e vice-líder do torneio são dirigidos por treinadores de fora do Brasil, o argentino Jorge Sampaoli e o português Jorge Jesus.
O primeiro chegou no começo da temporada e pôde dar seu rosto ao Santos, mesmo com elenco menos qualificado que os de seus principais concorrentes.
O segundo pegou o Flamengo em pleno voo e já mostrou a filosofia que trouxe da Europa, sempre em busca do gol e sem priorizar competições, apenas cuidadoso para não esgotar seus jogadores mais importantes.
Com a vantagem de ter uma porção deles, atletas decisivos como em nenhum outro plantel dos aspirantes ao título, nem mesmo o Palmeiras.
Gabigol, Bruno Henrique, De Arrascaeta, Everton Ribeiro, além de Gerson, que chegou para tomar conta da posição.
Deste nível, o Palmeiras tem apenas Dudu, embora Luiz Adriano também possa desempenhar tal papel.
A rodada do fim de semana voltou a atender os gostos mais exigentes.
Até o Corinthians jogou muito ao derrotar o Botafogo por 2 a 0 e dar esperança à Fiel em relação à Copa Sul-Americana, com um show de Pedrinho, infelizmente desfalque daqui a pouco, na 18ª rodada, contra o Ceará, como Fagner, pelas convocações para servir as seleções brasileiras olímpica e principal.
Não só eles, mas também Bruno Henrique, Weverton, Antony, Jorge, do Santos, além dos estrangeiros que jogam por aqui, porque a CBF desrespeita as datas da Fifa e os clubes se submetem como cordeiros.
Do Flamengo, então, nem se fala.
A goleada por 4 a 1 contra o Vasco esteve à altura dos mais de 65 mil torcedores que foram ao Mané Garrincha, em Brasília, para ver um show de talentos, a começar pelo goleiro Diego Alves, capaz de pegar dois pênaltis, e a continuar com o poder de fogo de Bruno Henrique, Gabigol e do uruguaio De Arrascaeta.
O rubro-negro fez 1 a 0, fez 2 a 0, 3 a 1, 4 a 1, e não parou, porque o espetáculo não pode parar.
Já o Palmeiras patinou depois de ter a vitória nos pés contra os reservas do Grêmio, porque recuou no segundo tempo, incapaz de vencer desde a volta pós-Copa América, algo tão surpreendente como a invencibilidade no mesmo período do rival Corinthians.
O líder Santos não teve muito o que fazer no Mineirão ao ficar com dez jogadores nem bem começou o jogo com o Cruzeiro que o derrotou por 2 a 0 e poderia ter sido pelo dobro.
O bem-vindo Sampaoli errou ao trocar o zagueiro expulso por um lateral, embora assim tenha suportado quase por 40 minutos sem sofrer gol. Ao corrigir o erro e sacar o horrível Pará, em dois minutos, sofreu o segundo gol...
Treinadores estrangeiros também erram, mas, no caso, não se acovardam.
Como jogadores que vêm de fora, em regra, mesmo veteranos, acrescentam.
As estreias de Daniel Alves e Juanfran foram promissoras.
O brasileiro não só fez o gol da suada vitória do São Paulo sobre o Ceará, 1 a 0, como jogou atrás e na frente com saúde de 18 anos e não com os 36 que carrega nas costas, além, agora, do número 10.
E o espanhol fez a jogada do gol solitário.
O Brasileiro ficou como o diabo gosta, imprevisível.
Mas o Palmeiras...
Gracias, mestre!
Ignorante que sou, não sabia o que era coprófilo. Agora sei, graças a Janio de Freitas.
Não só agradeço pelo ensinamento como pela adequação do adjetivo à pessoa.
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