Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Milionários do Brasil fazem o clássico que a Libertadores não verá

Palmeiras e Flamengo se enfrentam neste domingo no Maracanã

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Este primeiro domingo de setembro tem dono: o 115º clássico entre Flamengo e Palmeiras, o jogo dos elencos milionários previsto para as semifinais da Libertadores, mas que terá de se contentar em ser a grande atração da 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Como foi na 31ª em 2018, quando o Palmeiras liderava com 62 pontos e o Flamengo vinha na cola, com 58.

Então, diante de mais de 50.000 torcedores no Maracanã, Dudu fez 1 a 0 e Marlos Moreno empatou, 1 a 1 que manteve a vantagem alviverde e aprumou o time para o título.

Dudu comemora gol durante o confronto entre Flamengo e Palmeiras no Brasileiro de 2018
Dudu comemora gol durante o confronto entre Flamengo e Palmeiras no Brasileiro de 2018 - Ricardo Moraes/Reuters

Neste domingo (1º), o embate é menos decisivo, mas pode ampliar para seis pontos a diferença entre o rubro-negro, primeiro colocado, e o alviverde, terceiro na tabela.

A superioridade histórica é paulista, com 46 vitórias e 37 derrotas, mantida no torneio nacional por 21 a 16, embora, no Maracanã, o Flamengo tenha vencido mais, 20 a 13.

Está fora de discussão que o momento é todo carioca.

Não apenas por estar com o moral nos píncaros, como por ter time melhor em quase todas as posições e com jogadores mais talentosos, mais decisivos e, sobretudo, porque capaz de impor filosofia de jogo mais moderna e gostosa de ver.

Rapidamente, até surpreendentemente, o treinador lusitano Jorge Jesus tem sido capaz de fazer seu time jogar com a facilidade perdida pelo monocórdico Palmeiras de Felipão.

E não cobrem a rara leitora e o raro leitor coerência com o aqui escrito antes da interrupção para a Copa América.

A coluna não tem compromisso com o erro e nem poderia imaginar a decadência palmeirense ou o espantoso entrosamento flamenguista após o torneio das seleções.

Enquanto Jorge Jesus recuperou o velho Popeye como símbolo do clube da Gávea, com doses cavalares de espinafre, poção mágica e, por ironia, verde, Felipão virou alvo de espinaframento amplo, geral e irrestrito, até de seus fãs.

E o Flamengo de Bruno Henrique surfa na onda de otimismo que lotará o estádio Mário Filho enquanto o Palmeiras de Dudu busca a boia dos desesperados.

Sob o risco de nova previsão precipitada, a situação é a seguinte: ou o atual campeão brasileiro consegue ao menos empatar, ou verá o bicampeonato de binóculo.

Se, no entanto, vencer, o que sempre é possível, encontrará o eixo perdido com vistas a terminar a temporada novamente em festa.

Salve a S.A.F.!

O salve aqui é propositalmente ambíguo.

Como felicitação por parecer que a ideia da Sociedade Anônima do Futebol ganha adeptos rapidamente.

E como alerta para que o texto legal não traga os contrabandos que os oportunistas do mundo da bola costumam fazer.

Por exemplo, para legalizar os jogos de apostas eletrônicas, bingos etc.

Adeptos do velho Caixa D’Água, e gente da turma de Sérgio Cabral, o filho, se movem como lobos em pele de cordeiro para introduzir seus penduricalhos que nada têm a ver com a transformação dos departamentos de futebol de nossos clubes profissionais em empresas.

Por isso, é preciso salvar a ideia original e impedir as espertezas dos de fala macia que argumentam ser a legalização do jogo a única maneira de enfrentar a jogatina ilegal.

Pode até ser, mas não tem de se misturar em legislação eminentemente esportiva.

O ex-deputado petista José Dirceu dizia a mesma coisa sobre o bingo e deu no que deu.

Quem defende a tal falácia hoje em dia é o advogado carioca Pedro Trengrouse.

Todo cuidado é pouco.

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