O treinador é argentino, o meia é uruguaio e o atacante, venezuelano. Quando Jorge Sampaoli chegou à Vila Belmiro, Carlos Sánchez já estava e o técnico mandou buscar Yeferson Soteldo no Chile.
Sobre o primeiro havia dúvidas porque havia fracassado no comando da Argentina na Copa da Rússia.
Aos 34 anos, o veterano havia sido pivô da eliminação do Santos na Libertadores por ser escalado irregularmente contra o Independiente, além de nem sempre ser titular.
Com 1,60 m, o baixinho chegou levantando suspeitas e despertando preconceitos.
Pois os 3 mantêm o Santos a apenas 3 pontos do vice-líder Palmeiras, com as mesmas 19 vitórias. O Santos empatou 3 jogos a menos que o rival (7 a 10) e perdeu 3 a mais (6 a 3), assim como marcou 3 gols a menos (48 a 51).
Como a luta no Campeonato Brasileiro passou a ser sobre o segundo lugar, os números são interessantes e os resultados favoráveis aos alviverdes, mas, sem dúvida, o desempenho é melhor do Santos, com custo/benefício incomparável.
Os 25 minutos iniciais santistas contra o Goiás, no complicado Serra Dourada, foram impagáveis, culminando com o golaço do oxigenado pontinha peixeiro.
Ao fim do jogo, o coro santista ao pedir a permanência de Sampaoli demonstra a satisfação do torcedor, capaz de valorizar o espetáculo mesmo quando o título já não é mais possível.
O show terminou 3 a 0, mas o teve o tamanho de 7 a 0, com todas as chances criadas por meio de jogadas bem feitas, de pé em pé, bola no chão, uma beleza.
Lembre-se que o Goiás, em casa, tomou dois pontos do Flamengo.
Esses esses (SSS) vão longe se o Santos tiver como mantê-los.
O 52º DÉRBI
O Pacaembu lotou com mais de 36 mil palmeirenses para ver o Dérbi de número 52.
Viram 1º tempo equilibrado, o 2º só verde e o 1 a 1 construído apenas nos acréscimos. Por isso, ficará na história.
Como ficará por outro dado: o 18º empate no clássico pelo Campeonato Brasileiro, número que supera as vitórias alviverdes (17) e as alvinegras (as mesmas 17).
O Corinthians até fez primeiro tempo altivo, mas teve recaída retranqueira no segundo.
O Palmeiras não podia deixar pontos no jogo e o que deveria significar a afirmação de Mano Menezes não significou.
O que vale sublinhar mesmo está na diferença de futebol visto entre os alvinegros santistas e os alviverdes goianos para o que mostraram as mesmas cores paulistanas.
TRICOLOR LAMENTÁVEL
O São Paulo conseguiu perder pela segunda vez seguida no Morumbi, desta vez para o desfalcado Athletico.
Tudo bem que o gol paranaense foi aos 45 minutos do segundo tempo, com falha de Tiago Volpi, e que o goleiro Santos fez pelo menos um milagre, além de outras ótimas defesas.
Mas, assim, a Libertadores vira miragem.
LIVERPOOL IMPLACÁVEL
Eficácia virou sinônimo de Liverpool.
Chutou menos a gols que o Manchester City (12 a 18); ficou menos tempo com a bola (44% a 56%); trocou menos passes (411 a 505) e conseguiu menos escanteios (4 a 13).
E ganhou de 3 a 1, para livrar 9 pontos de vantagem ainda na 12ª rodada da Premier League.
Porque números são números, nada mais que números.
Que Jorge Jesus se preocupe apenas com o River Plate de Marcelo Gallardo.
Perder tempo com o Liverpool de Jürgen Klopp, agora, seria mera perda de tempo.
E mais tarde?
Talvez seja inútil.
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