Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Sem Liverpool, fim de semana esportivo foi de lascar

Pelo menos a seleçãozinha jogou muito bem e ganhou vaga no Japão sem dificuldade

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No sábado (8) o Flamengo, que vale a pena ver, ganhou por 2 a 0 do Madureira, jogou para 60 mil torcedores no Maracanã, mas só para eles, porque pela TV não se vê o campeão de tudo no Carioquinha, em braço de ferro com a Globo, possível pá de cal nos estaduais.

Talvez por motivos errados, mas, como se diz, não importa a cor do gato, interessa comer o rato. Sem Flamengo, restou ver o Palmeiras, em Campinas, vencer a Ponte Preta por 1 a 0, sem brilho, embora com resultado que o Corinthians não conseguiu.

Se não tem futebol, cacemos de basquete feminino, porque a seleção brasileira, depois de perder para Porto Rico (91 a 89) e para a anfitriã França (89 a 72), enfrentou a forte Austrália, no Pré-Olímpico, e precisava vencer para ir ao Japão.

Pois o domingo (9) começou triste, com a previsível derrota para as australianas, por 86 a 72.

O basquete feminino brasileiro, campeão mundial em 1994 e medalha de prata olímpica dois anos depois, está fora da Olimpíada pela primeira vez desde Barcelona, em 1992.

Dos quatro quintetos no torneio na França, só o quarto ficou de fora, exatamente o brasileiro. É dose para o país que se transformaria em nação olímpica pós-Rio 2016...

Ah, se fôssemos japoneses, se não preferíssemos os milicianos, não é mesmo?

Eliminado o basquete feminino, faltava o futebol masculino que, à noite enfrentaria a classificada Argentina.

O cabelo estava feito, fez-se a barba também?

Nada! A seleçãozinha jogou muito bem e ganhou a vaga no Japão sem dificuldade: 3 a 0.

Matheus Cunha (apontando) comemora gol contra a Argentina
Matheus Cunha (apontando) comemora gol contra a Argentina - Luisa Gonzalez/Reuters

Verdade que o futebol é o único esporte desimportante nos Jogos Olímpicos, porque a Copa do Mundo é o que importa, principalmente depois de o Brasil ter, enfim, conquistado o ouro, quatro anos atrás.

O pior é que nem tinha Liverpool para ver, com a pequena folga de inverno no Campeonato Inglês, depois da correria insana do fim do ano passado e do começo deste.

Nem o Manchester City, cujo jogo contra o West Ham acabou adiado por causa da Tempestade Ciara, ou o pálido Barcelona, reduzido hoje em dia a Lionel Messi, que não é pouco, mas no horário de Corinthians x Inter de Limeira, obrigatório por razões do ofício e do coração.

Teve, mais cedo, o embate entre os líderes do Campeonato Alemão, Bayern Munique (43 pontos) e RB Leipzig (42).

Uma faixa “Contra o futebol moderno” (Gegen den modern Fußball), atrás do gol onde o torcedor tem o direito de ver o jogo em pé, revelava a diferença entre a liberdade de expressão lá e cá, onde seria proibida.
O jogo, em Munique, agradou, agradou bastante até, mesmo sem gols, daqueles 0 a 0 compensadores, apesar de com pouca fantasia, resultado que deixou, ao faltarem 13 rodadas, outros quatro clubes na disputa do título.

Acredite: apenas o sétimo 0 a 0 em 188 jogos, o primeiro dos dois times em 21 rodadas.

Então chegou a hora de ir para Itaquera. Melhor teria sido ir para Maracangalha.

Se o time titular é morno, o misto é frio e perdeu graças a Tcharlles, da Inter —Tcharlles de gol?

A tempestade de Manchester chegou moderada à zona leste paulistana, e contra o vento a virada não virou.

O tempo esquentará se o alvinegro cair na Libertadores.

Sobrou o São Paulo, em Santo André.

Parece que nem todos os santos são capazes de fazer o Tricolor desencantar, porque as traves, os goleiros, os assopradores de apito, sua zaga e atacantes impedem. Resultado? Santo André, 2 a 1.

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