Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Vamos considerar empates como bons resultados?

Fora o Flamengo, nenhum brasileiro é favorito em seus jogos na Libertadores

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Se levarmos em conta o que aconteceu até aqui nos estaduais, a perspectiva que se abre para os times brasileiros que começam a disputar o torneio continental é sombria, exceção feita, para variar, ao Flamengo.

Pegue, por exemplo, o caso dos clássicos no Paulistinha.

Já foram quatro, todos ruins: Palmeiras 0, São Paulo 0; Corinthians 2, Santos 0; São Paulo 0, Corinthians 0 e, no último sábado (29), Santos 0, Palmeiras 0.

O atacante Willian, do Palmeiras, carrega a bola sob a marcação do lateral santista Pará, em jogo pelo Campeonato Paulista
O atacante Willian, do Palmeiras, carrega a bola sob a marcação do lateral santista Pará, em jogo pelo Campeonato Paulista - Cesar Greco/Ag Palmeiras

São 360 minutos de clássicos e dois gols.

E tanto Vanderlei Luxemburgo quanto Jesualdo Ferreira consideraram o resultado normal, como se isso fosse novidade, raios!

É claro que é normal, mas foi ruim, muito ruim e alguma coisa melhor já era para ser mostrada porque a mediocridade está mais que aceita no país.

O que esperar do Santos, nesta terça-feira (3), fora de casa, diante do Defensa y Justicia, oitavo colocado no Campeonato Argentino cuja estreia em jogos internacionais aconteceu em 2017, no Morumbi, ao eliminar o São Paulo da Copa Sul-Americana?

E do Palmeiras, na quarta (4), também na Argentina, contra o Tigre, de bengala, desdentado, na segunda divisão?

Vamos considerar empates como bons resultados? Ah, vamos!

Que na quinta (5), o São Paulo considere, vá lá, porque o campeão peruano Binacional, embora desconhecido, joga pertinho do céu, ou do inferno, em Juliaca, a 3.850 m de altitude, provação que desobriga o Tricolor a jogar bom futebol como, diga-se, voltou a apresentar contra a Ponte Preta, na vitória por 2 a 1.

Repita-se que não fossem as arbitragens calamitosas que lhe roubaram sete pontos e o time teria a melhor campanha, com 22 pontos e invicto, em oito jogos.

A verdade é que fora o Flamengo, contra o Junior Barranquilla, mesmo na Colômbia, nenhum brasileiro é favorito em seus jogos, tamanha a justa desconfiança despertada por todos.

Nem o desmontado Athletico que recebe o Peñarol, nem o Inter que recebe a Universidade Católica, nem o Grêmio que visita o América de Cali.

Pessimismo em excesso? Nada! Realismo.

Lembrem-se a rara leitora e o raro leitor que de seis clubes nacionais na Copa Sul-Americana, nada menos que quatro —Atlético Mineiro, Fluminense, Fortaleza e Goiás— caíram na primeira rodada. Apenas Bahia e Vasco, de quem não se pode esperar muito, sobreviveram.

Para não falar da eliminação do Corinthians na Libertadores pelo paraguaio Guaraní, agora adversário do Palmeiras na fase de grupos.

Reds humilhados

Enfim, o Liverpool perdeu na Premier League. Em grande estilo.

Levou de 3 a 0 de um dos lanternas, o Watford, sem dó nem piedade. Típico, aliás, dos grandes times.
O Santos de Pelé vira e mexe tomava uma goleada quando podia.

Jogadores do Watford comemoram gol contra o Liverpool, pelo Campeonato Inglês
Jogadores do Watford comemoram gol contra o Liverpool, pelo Campeonato Inglês - Andrew Couldridge/Action Images via Reuters

Dureza será para os Reds o jogo de volta, em casa, dia 11 de março, contra o Atlético de Madrid, pelas oitavas de final da Champions, em desvantagem pela derrota por 1 a 0 na capital espanhola.

Perder tão precocemente a chance de lutar pelo bicampeonato da Liga dos Campeões será duro golpe para o timaço fadado a entrar na história como um dos melhores de todos os tempos, por mais que sua justa prioridade seja vencer o Campeonato Inglês depois de 30 anos.

O Liverpool vinha caindo de rendimento nas últimas rodadas do Inglês e passou 90 minutos sem conseguir dar um chute no alvo contra o Atleti.

Jürgen Klopp terá de recuperar a confiança de seus craques.

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