Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Brasileiro começa atropelado pela pandemia e pelas finais estaduais

Primeira rodada já tem duelo entre o Fla, de Torrent, e o Galo, de Sampaoli

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Está a rara leitora preocupada com a decisão estadual entre Corinthians e Palmeiras?

Estava o raro leitor preocupado com a decisão do segundo turno gaúcho entre Grêmio e Inter?

Diante disso nem se deu conta que o Campeonato Brasileiro do ano da pandemia começará já neste sábado (8) e, de cara, com um jogão no domingo (9), entre o Flamengo, de Domènec Torrent, e o Atlético-MG, de Jorge Sampaoli?

Estava previsto para ser mais um encontro entre o português Jorge Jesus e o argentino Sampaoli, embate empatado com uma vitória para cada lado na temporada passada —dificílima para o rubro-negro no Maracanã, por 1 a 0, e facílima para o alvinegro praiano na Vila Belmiro, por 4 a 0, mas quando os cariocas já era campeões.

Só que Jesus voltou para casa e chegou o catalão Torrent, suficientemente inteligente e sensato para dizer que dará sequência ao estilo do antecessor, para mexer aos poucos mais para frente, de acordo com suas ideias.

Na verdade é uma pena a precocidade do duelo, porque nem Torrent terá tomado pé na Gávea, nem Sampaoli já tem o time mineiro à sua feição.

Será apenas o aperitivo para o grande banquete previsto para a 20ª rodada, dia 8 de novembro, em Belo Horizonte, na abertura do segundo turno.

Aí sim os dois times estarão em pleno voo e saberemos se os cariocas confirmaram o favoritismo unânime com vistas ao octacampeonato e se o Galo apareceu como candidato ao seu segundo título.

(Sempre esclarecendo que como a coluna não é nem terraplanista, nem adepta da cloroquina, considera que o Campeonato Brasileiro nasceu quando, de fato, nasceu, em 1971, e que o campeão de 1987 foi o time comandado por Zico, o verdadeiro, também chamado de Galinho de Quintino. Revisionismos ficam por conta dos arbitrários e dos lunáticos).

Dito isso, perceba que teremos mesmo uma prova de resistência neste Brasileirão, com futebol nos fins e meios de semana, com raras exceções, como nas semanas do Natal e do Réveillon —os dias 24 e 31 de dezembro serão em quintas-feiras.

Evidentemente que o açodamento em voltar ao futebol no Brasil da pandemia, tratada criminosamente por parte de quem deveria zelar pela vida de seus confusos habitantes, obrigou o adiamento de três jogos de clubes envolvidos nas decisões estaduais.

Daí as ausências de Corinthians, Palmeiras e Bahia na primeira rodada, assim como, é claro, de seus adversários, Atlético Goianiense, Vasco e Botafogo, respectivamente.

O Santos joga, no domingo (9), na Vila Belmiro, com um dos times cotados para fazer boa campanha, o Bragantino, tão prejudicado por resultados falsos para a Covid-19 nas quartas de final do Paulistinha.

E o São Paulo visitará o Goiás, no mesmo domingo, em jogo perigosíssimo no estádio da Serrinha, pois, sem torcida, não faz sentido abrir o Serra Dourada.

Precisa explicar por que jogo de alto risco para o clube do Morumbi?

As derrotas para o Bragantino e, principalmente, a eliminação pelo catado Mirassol, transformaram a estreia tricolor em prova de fogo para o pressionado grupo de Fernando Diniz.

Por incrível que possa parecer, por desatino que aparente ser quando se trata apenas da primeira rodada de um campeonato, o saldo devedor, e o jejum de títulos, podem fazer de uma derrota aparentemente normal, fora de casa, na degola do treinador.

Será exagero? Aguardemos.

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