É sabido que quanto maior a expectativa, maior costuma ser a decepção. Pois Inter e Flamengo trataram de enterrar a máxima e, para dizer o mínimo, até superaram o esperado do jogo entre os dois líderes do campeonato.
O Colorado começou a mil por hora, criou duas chances claras de gol nos primeiros minutos e fez seu primeiro gol logo aos sete minutos, graças à roubada de bola de Patrick, na bobeada do chileno Isla, para o uruguaio Abel Hernández abrir o placar.
Qualquer time, ainda mais fora de casa, sentiria o baque.
Só que o Flamengo não é um time qualquer e Pedro empatou em seguida, com Vitinho abrindo o corredor para o artilheiro arrematar em lance que lembrou o do 2 a 2 entre Brasil e Itália em 1982, golaço de Falcão.
Era jogo que alemães, espanhóis e ingleses assinariam e que, quando o Flamengo estava mais perto de virar, acabou por dar, com Gustavo Henrique, novo presente aos gaúchos, agora nos pés do goleador Galhardo.
O segundo tempo não deveu nada ao primeiro, com bolas nas duas traves, gols salvos em cima da linha e o empate justo como aconteceu aos 50’, com Everton Ribeiro: 2 a 2.Sem ufanismo, Barcelona 1, Real Madrid 3, no sábado (24), não teve a mesma excelência.
Flu surpreende
Se antes do começo do campeonato dava-se como certo que nessas alturas Palmeiras e Grêmio estariam no G4, o que se vê é o Fluminense nele.
Poderia ser apenas a comprovação da baixa qualidade técnica do torneio, mas seria injusto reduzir a campanha do tricolor carioca a conceito tão baixo.
A verdade é que o Flu, ao mesclar veteranos com garotada valente e treinador prudente, faz bonito no primeiro turno. Se manterá o nível são outros 500, mas a convincente vitória sobre o Santos completo por 3 a 1 no Maracanã não deixou dúvidas sobre a justiça de sua colocação.
Odair Hellmann conseguiu parar não apenas Soteldo e Marinho, como submeteu o Santos à pressão constante, sem se satisfazer nem com o 1 a 0, nem com o 2 a 1.
É bom constatar como é possível fazer times organizados mesmo sem alto investimento, como é o caso das Laranjeiras.
Palmeiras eficaz
Não fossem as reclamações da própria torcida palmeirense, sempre exigente em matéria de bom futebol, e a massa alviverde poderia acusar os críticos de má vontade.
Como reclamar do time depois de fazer oito gols sem sofrer nenhum nos dois últimos jogos, 5 a 0 no Tigre e 3 a 0 no Dragão, como é chamado o Atlético Goianiense?
O Tigre, é verdade, é da segunda divisão argentina, e o time goiano subiu nesta temporada para Série A brasileira.
Fato é que o Palmeiras abriu a fábrica de gols porque, ao que parece, perdeu o medo de vencer, apesar de ter ganhado dois gols de presente em Goiás.
Veremos até que ponto as vitórias aconteceram apenas devido à fragilidade dos rivais no jogo que encerrará o turno, em casa, contra o Atlético de Jorge Sampaoli, na segunda-feira (2), às 17h.
Galo rouco
Nos últimos cinco jogos, o Atlético Mineiro fez só cinco pontos, muito pouco para quem quer sair da fila de 50 anos sem ganhar o Campeonato Brasileiro. Deixou de ganhar quatro pontos em casa contra o Fluminense e, pior, contra o Sport, quando revelou uma incrível dificuldade para fazer um gol que fosse.
Se para o Palmeiras o embate no feriado é enorme desafio, para o Galo não é menor se quiser cantar alto novamente.
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