Os quatro grandes paulistas jogaram no sábado (14) e três venceram: o Palmeiras, todo desfalcado, passou bem pelo Fluminense na casa verde, por 2 a 0, porque livre da carga bolorenta pela passagem de Vanderlei Luxemburgo; o São Paulo, completo, ganhou, enfim, do Fortaleza, no Castelão, por 3 a 2; o Santos, despedaçado pela Covid-19, alcançou o resultado mais inesperado e empolgante, ao desalojar o líder Inter por 2 a 0; e, finalmente, o Corinthians caiu de virada diante do Atlético Mineiro, por 2 a 1, em resultado previsível devido a diferença entre os dois times.

Convenhamos: depois da deplorável noite proporcionada pela seleção brasileira no Morumbi, contra a Venezuela, não há do que se queixar, nem mesmo para os corintianos. Porque o Palmeiras jogou segundo tempo bastante aceitável, mostrou Raphael Veiga cada vez mais em ascensão.

Gustavo Scarpa pode mesmo ser fixado na lateral-esquerda, opção do português Abel Ferreira bem mais criativa, e útil, do que fazer do bom volante Felipe Melo um zagueiro medíocre, embora não seja descoberta dele.

A oitava vitória seguida do alviverde já devolve ao torcedor a esperança de poder brigar pelo título dos três torneios que disputa.

O São Paulo está em apenas dois, mas, certamente, cada vez mais confiante de poder vencê-los. Sua campanha, no mais importante deles, é dessas de bater palmas, porque, potencialmente, pode ter quatro pontos a mais que o líder atual.

Se o tricolor eliminar o favorito Flamengo na Copa do Brasil, vamos encontrar muita gente por aí dizendo o velho “nunca critiquei”. Até Luciano, há tempos sem produzir nada digno de nota por onde andou, tem sido ultra-valioso, como demonstrou em Fortaleza.

Para falar dos meninos do Santos será preciso ficar em pé e aplaudir. O jogo contra o Inter era daqueles para perder com dignidade, e eles foram capazes de vencer ao juntar o que restou do elenco infeccionado, do goleiro João Paulo ao técnico Cuca, e surpreender o Colorado completo.

Restou o derrotado Corinthians, único grande paulista a perder. Até para a Fiel sobraram boas notícias, apesar da frustração depois do 1 a 0 em Itaquera alimentar a ilusão da vitória, como já havia acontecido no Mineirão, no primeiro turno, embora lá tenha sido pior, porque a virada do Galo veio depois de 0 a 2.

​Vagner Mancini também se viu às voltas com desfalques para dar e vender e mesmo assim armou o time de maneira a competir com equipe muito melhor.

Ambos os alvinegros disputam só o Covidão-20 e o Corinthians até aproveitou a semana inteira de treinamentos melhor que o agora primeiro colocado Atlético.

Talvez entusiasmado com a goleada imposta sobre o Flamengo, que havia goleado o Corinthians, os mineiros foram pegos de surpresa pela competitividade, como há tempos não se via, dos paulistas, que venderam caro a derrota, justa, diga-se, até pela não marcação de pênalti claríssimo para os visitantes logo no início do clássico.

Para ficar claro: o campeonato disputado pelo Corinthians não é o mesmo do Galo e o futebol mostrado pelo time de Davó parece suficiente para escapar do rebaixamento. O grande jogo dos corintianos nesta temporada será travado no próximo dia 28, nas urnas do Parque São Jorge, oportunidade única de chutar o traseiro de quem trouxe o time e o clube à atual situação.