Como era de se esperar, o Flamengo passou pelo Bahia, embora num sensacional 4 a 3, assumiu a vice-liderança e agora está, potencialmente, a apenas dois pontos do São Paulo, porque tem um jogo a menos.
São Paulo e Flamengo se enfrentarão na última rodada, no Morumbi.
O Flamengo só disputa um campeonato, e o que está em jogo aqui é esse campeonato, com 12 rodadas para a maioria dos participantes e com 13 para o Flamengo.
A vantagem do São Paulo é boa, o time mostrou maturidade para não se deixar traumatizar pela derrota para o Corinthians (um dia a Itaquerofobia será superada) e se impôs sobre o Galo, sem Luciano e sem deixar dúvidas.
Só que o Flamengo é melhor, mais experiente, com casca mais grossa e passado recente de conquistas, o que falta ao São Paulo. Verdade que apanhou tanto do time de Fernando Diniz nesta temporada a ponto de não inspirar tanto temor se chegar à casa do rival para decidir o título.
Por outro lado, o que pode ser o maior São Paulo x Flamengo da história do confronto desde 1933, ano do primeiro encontro, se for, será o imperdível.
Também é fato ser improvável chegarmos à última rodada com 11 vitórias são-paulinas e 12 flamenguistas.
Examinemos o que cada um terá pela frente.
Ao São Paulo restam: Fluminense (f); Bragantino (f); Santos (c); Athletico (f); Inter (c); Coritiba (c); Atlético Goianiense (f); Palmeiras (c); Ceará (c); Grêmio (f); Botafogo (f) e Flamengo (c). Metade dos jogos contra times do topo da tabela, dois fora, contra os tricolores carioca e gaúcho.
Ao Flamengo faltam: Fortaleza (f); Fluminense (c); Ceará (c); Goiás (f); Palmeiras (c); Athletico (f); Grêmio (f); Sport (f); Vasco (c); Bragantino (f); Corinthians (c); Inter (c) e São Paulo (f). Cinco jogos contra os de cima, dois fora, contra os tricolores gaúcho e paulista.
Faça você as projeções que Raí e Fernando Diniz estão fazendo no Morumbi, e que Marcos Braz e Rogério Ceni fazem na Gávea.
No fundo, no fundo, a conta é simples: quem ganhar todas será o campeão, o velho e sabido cada um só depende de si.
O x da questão, porém, é outro: além das incertezas, dos acidentes de percurso, das lesões, suspensões e tudo mais que normalmente faz parte da caminhada de um time de futebol, temos hoje a tal da Covid-19, o fantasma que só não causa ansiedade e angústia no “fantoche apalermado” e no genocida que habitam o ministério da Saúde e o Palácio do Planalto.Diante de tal fantasma, o Flamengo até que assusta menos.
Hegemônicas
A Fiel tem poucos motivos para comemorar em torno do futebol masculino neste 2020. Uma vitória no Dérbi só Cássio sabe como e outra no Majestoso, indiscutível, aproveitando-se da tradicional Itaquerofobia tricolor.
Mas no feminino...
Que timaço!
E como joga bem o Corinthians que descarrilou a Ferroviária ao goleá-la por 5 a 0 na final do Campeonato Paulista, 8 a 1 no placar agregado.
Bicampeão estadual, bicampeão nacional, atual campeão da Libertadores, as alvinegras mandam e desmandam no continente.
Seria interessante ver três iniciativas, para as quais será preciso ter coragem: um jogo contra as campeãs europeias do Lyon; o técnico Arthur Elias comandando homens, até para ser substituído por uma treinadora, e a diretora Cristiane Gambará assumindo o futebol do clube.
As vizinhas Katia Rubio e Renata Mendonça aprovarão.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.