Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Grêmio e Palmeiras já protagonizaram jogos que impedem prognósticos definitivos

Confronto entre os times pela Libertadores de 1995 é inesquecível prova do possível

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Corria o ano de 1995 e esta Folha assim descreveu: “O Grêmio goleou o Palmeiras por 5 a 0, ontem à noite, em Porto Alegre. O Palmeiras precisa vencer o próximo jogo pela mesma diferença para decidir nos pênaltis uma vaga nas semifinais da Libertadores.

O primeiro tempo foi marcado por brigas dentro e fora do campo. Houve três expulsões —Rivaldo e Válber, do Palmeiras, e Dinho.

Na arquibancada, os palmeirenses brigaram com os gremistas.

A partida foi violenta desde o início. Aos 17min, Rivaldo acertou Arce e foi expulso. Aos 26min, mais confusão. O volante Dinho agrediu o meia Válber.

Depois de quatro minutos de confusão, Válber e Dinho foram expulsos.

As expulsões desmontaram o Palmeiras.

Um minuto após o reinício, o Grêmio marcou, com Arce. Aos 51min, o meia Arílson arriscou um chute de longe. A bola bateu no pé de Mancuso, subiu e encobriu Sérgio: 2 a 0.

No segundo tempo, o técnico Carlos Alberto Silva tentou mudar o Palmeiras.

Mas o Grêmio de Felipão definiu a vitória logo aos 4min. O lateral Roger cruzou, Jardel se antecipou a Cléber e chutou rasteiro: 3 a 0. Aos 20min e 36min, de cabeça, Jardel marcou mais dois gols”.

A goleada foi motivo suficiente para que um apressado colunista, que já ocupava este espaço, escrevesse: “Desistam da Libertadores”.

Pois o Palmeiras não desistiu e a Folha assim relatou:

“O Palmeiras goleou ontem o Grêmio por 5 a 1, mas foi eliminado.

Pelo Palmeiras, marcaram Cafu (dois), Amaral, Mancuso e Paulo Isidoro.

No final, a torcida aplaudiu o time e gritou “é tricampeão”, título que o Palmeiras ganhará se superar o Corinthians na decisão do Paulista.

Para tentar o ‘milagre’ a diretoria do clube usou recursos especiais. Escalou oito gandulas para apressar a reposição de bola.

O Palmeiras iniciou o jogo tentando intimidar os jogadores do Grêmio. A 1min, 2min, 6min, 6min30 e 7min, palmeirenses fizeram faltas. Na cobrança da última infração, o Grêmio marcou. O lateral Arce cobrou e o centroavante Jardel marcou com a barriga.

O Palmeiras só chegou ao primeiro gol graças a um erro da arbitragem. Alex Alves tocou para Cafu, em impedimento. Ele disputou a bola com dois adversários e tocou na saída do goleiro Murilo.

O empate fez o Palmeiras crescer. Aos 39min, Alex Alves invadiu a área pela direita e tocou para Amaral. O volante cortou um adversário e fez 2 a 1. Aos 12min, Alex Alves invadiu a área e tocou para Paulo Isidoro no meio. Com um toque, ele desviou a bola de Murilo: 3 x 1.

Aos 12min, Alex Alves invadiu a área e tocou para Paulo Isidoro no meio. Com um toque, ele desviou a bola de Murilo: 3 x 1. Aos 22min, Antônio Carlos entrou na área e foi derrubado por Arce, perdeu o equilíbrio e caiu. O juiz marcou pênalti. Mancuso bateu e fez 4 x 1.

Aos 39min, Cafu foi lançado na direita e chutou no meio das pernas do goleiro Murilo.

O Palmeiras atacou ainda mais, mas não fez o sexto gol”.

Tudo isso para o colunista, quase 26 anos depois, embora tenha recaídas, ter aprendido a não contar com os ovos antes da galinha e afirmar que o favoritismo palmeirense neste domingo (7) se limita a ser apenas isso, favoritismo.

Porque se quase deu para virar o 5 a 0, o 1 a 0 é muito pouco.

Que tenhamos bom jogo e sem a violência de 1995, embora violência mesmo seja seguir com o futebol na pandemia.

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