Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Em tarde de Luan e Luciano, fez-se, enfim, a luz de novo na vida do São Paulo

Se em nível nacional o adversário a ser batido é o Flamengo, o Palmeiras que trate de evoluir

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Foram 16 longos anos de frustrações estaduais ao ver os três rivais comemorando títulos sobre títulos. Pois acabou.

Nem parecia que acabaria tão bem, com segundo tempo categórico no Morumbi, quando o São Paulo pôs o Palmeiras no bolso e consolidou sua vitória por 2 a 0, que bem poderia ter sido pelo dobro, tal a superioridade tricolor, capaz de não permitir quase nada ao rival.

A vitória começou meio por acaso, quando Felipe Melo aliviou de cabeça uma bola que parou no peito do menino Luan e ele a despachou de volta, aparentemente para fácil defesa de Weverton.

Luan comemora o primeiro gol do São Paulo na decisão contra o Palmeiras
Luan comemora o primeiro gol do São Paulo na decisão contra o Palmeiras - Rubens Cavallari/Folhapress

As aparências enganam, rara feliz leitora e raro feliz leitor tricolores.

Porque a bola desviou no mesmo Felipe Melo e acabou com a sonolência do Choque-Rei decisivo em primeiro tempo que parecia fadado ao 0 a 0.

O segundo tempo foi muito, mas muito diferente, porque agônico.

Evidentemente Abel Ferreira tinha de tentar sair da prisão a que seu time estava submetido por Hernán Crespo.

E fez todas as trocas possíveis e imagináveis, absolutamente inócuas. Porque o argentino dava a bola para os jogadores do português e eles não faziam nada de melhor com a redonda.

As trocas tricolores, ao contrário, deram tão certo que duas delas fizeram o gol definitivo.

Rodrigo Nestor cruzou rasteiro, na medida, para Luciano ampliar.

Daí para frente foi só festejar e ainda quase marcar outros gols porque o milionário rival estava batido, perdia a terceira decisão em 2021 e, mais grave que isso, revelava novamente dificuldade enorme para criar.

Desta vez não sobrará nem a minimização da conquista do adversário e tratá-la como a do Paulistinha, porque o Palmeiras fez o que pôde e, principalmente, o que não pôde, para vencer, a ponto de perder a invencibilidade e a liderança geral da Libertadores em jogo contra o algoz Defensa y Justicia.

Se em nível nacional o adversário a ser batido é o Flamengo, o Palmeiras que trate de evoluir, porque a diferença de comportamento dos rubro-negros e dos alviverdes nas decisões estaduais foi clamorosa.

O time da Gávea fez primeiro tempo impecável no Fla-Flu e não sofreu para vencer por 3 a 1. Já o do Parque Antártica não deu nem esperança de que poderia virar.

A terceira opção

Depois de levar dois acachapantes nãos do gaúcho Renato Portaluppi e do uruguaio Diego Aguirre, ambos desempregados, o Corinthians anunciou, enquanto seus dois maiores rivais disputavam um título, a concretização de seu plano C: Sylvinho, assim com y, para o corretor encher a paciência dos escribas.

Aos 47 anos, ele conhece profundamente o clube, que defendeu, e bem, como campeão brasileiro de 1998 e da Copa do Brasil de 1995, auxiliar-técnico de Mano Menezes e de Tite. Mas traz na bagagem má experiência como treinador do Lyon, enfim um y que o corretor aceita.

Resta saber como ele será aceito pela torcida, humilhada.

O pau mandado

Mais uma reportagem de Pedro Ivo Almeida dá a medida da mediocridade de Rogério Caboclo, o pau-mandado do Marco Polo que não viaja, porque até para ser chamado de testa de ferro ele não tem tamanho.

O que se sabia por informações de bastidores, e por observações em torno dos carteados promovidos por Marco Polo, agora tem provas gravadas, graças ao trabalho do repórter. A Fifa calará diante da evidência de que o banido não viaja, mas comanda?

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