Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri
Descrição de chapéu Copa América

Seleção B da Venezuela joga pela honra da casa e perde de pouco

A abertura da Cova América não poderia ser mais a caráter

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Parecia até o tempo em que enfrentar venezuelanos era goleada na certa porque, no Mané Garrincha, a chamada seleção Vinho Tinto estava toda remendada.

A abertura da Cova América não poderia ser mais a caráter: nada menos que 13 membros da delegação visitante contaminada pela Covid-19, um convite ao ataque brasileiro, oito atletas, fora os que ficaram em Caracas.

O genocida não deu o ar de sua desgraça no estádio, talvez cansado pela mortociata dele e seu gado enamorado no sábado (12), todos, enfim, sentido potência entre as pernas e, alguns, certos de que o surto era apenas sabotagem comunista.

Curiosamente quem abriu o placar foi o zagueiro Marquinhos, único gol do primeiro tempo em que foram criadas, sem máscara, outras quatro chances claras.

Vacinada pelo desperdício de recursos dos 45 minutos iniciais, os rapazes da seleção brasileira, incapazes de protestar como as mulheres do time feminino, foram à luta em busca de mais tentos.

Limitaram-se a mais dois: 3 a 0. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

Hulk resolve

O momento mais eletrizante do clássico entre Atlético Mineiro e São Paulo foi o encontro entre o assoprador Daronco e o atacante Hulk, duas montanhas de músculos.

Deu-se no meio de campo do Mineirão e de maneira amistosa, embora com reclamação do jogador que construiu a jogada do único gol da vitória mineira sobre um tricolor apático, frágil mesmo.

Como já ensinou Guardiola, campeonatos assim se perdem nas oito primeiras rodadas e se ganha nas oito últimas.

O São Paulo está perdendo. Já o Flamengo…

Dérbi sintomático

Nem contra um Corinthians desprovido de talentos o Palmeiras conseguiu apresentar o futebol que seus jogadores permitiriam.

Diferentemente do que fizera contra o CRB quando se impôs, e não goleou porque o futebol tem disso, diante do arquirrival, em noite ideal para atropelá-lo, mais uma vez Abel Ferreira quis vencer no contra-ataque e sofreu o empate (1 a 1) que soou como derrota em casa. Prova disso foi o alívio com que a Fiel recebeu o resultado.

Palmeiras e Corinthians disputam campeonatos diferentes, sob o mesmo nome.

Neste Brasileirão, o alviverde perdeu dois pontos na disputa do topo e o alvinegro ganhou um para evitar a queda.

Djokovictória!

O sérvio Novak Djokovic, 34, é uma fortaleza mental capaz de dissolver rochedos.

Nas semifinais de Roland Garros saiu perdendo de 5/0 no primeiro set do espanhol Rafael Nadal, equilibrou o set, perdeu só por 6/3 do maior campeão (13 troféus) no saibro parisiense e o derrotou em seguida por 3 a 1, em mais de quatro horas de duelo épico que derrubou até o toque de recolher na capital francesa. Assim, impediu a 36ª vitória consecutiva de Nadal no torneio.

Não satisfeito, na final, saiu atrás por 2 a 0 do jovem, 22, e promissor grego Stefanos Tsitsipas. Parecia ausente, talvez exaurido pela batalha anterior, desses triunfos que satisfazem qualquer mortal.

Provavelmente esteve aí o equívoco do garoto helênico, demolido nos três sets seguintes com requintes de crueldade: acreditou na satisfação dele.

Djoko manteve a frieza, acendeu o olhar assassino e hipnotizou o rival porque, afinal, era o momento de separar os meninos dos adultos: 3 a 2!

Agora soma 19 taças de Grand Slams, apenas uma a menos dos recordistas Nadal, 35, e Roger Federer, 39.

Alguém tem dúvida de que irá superá-los?

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