Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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As Paralimpíadas desafiam máximas que eram vistas como verdades absolutas

Neste país de tantos contrastes, o Brasil se sai melhor nos Jogos Paralímpicos que nos Olímpicos

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Começam nesta terça-feira (24) as Paralimpíadas de Tóquio para desafiar, mais uma vez irresponsavelmente, a pandemia, mas, também, certos dogmas.

Como o da mente sã em corpo são, porque uma coisa não exclui a outra, muito ao contrário, os atletas que lá estarão têm cabeças muito mais saudáveis que muita gente com corpos perfeitos, sarados.

Símbolo iluminado dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 em uma baia, com uma ponte ao fundo, durante a noite
Símbolo dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 - Marko Djurica/Reuters

Desafia também o próprio lema olímpico, Citius Altius Fortius, porque nem sempre o mais rápido, o mais alto e o mais forte são os verdadeiros vencedores.

Passaremos madrugadas vendo gente muito especial, no melhor sentido da palavra, para desafiar conceitos estéticos e culturais, principalmente os pré-conceitos.

E com a perspectiva de mais um ótimo desempenho brasileiro, como tem sido frequente nos Jogos, porque neste país de tantos contrastes, este é mais um, o Brasil se sai melhor nas Paralimpíadas que nas Olimpíadas.

Pandemia inclemente

As autoridades inglesas acabam de fazer um balanço em torno do jogo final da Eurocopa e chegaram à conclusão de que a pandemia se alastrou por causa dela, com torcedores infectados dentro do estádio e, é claro, capazes de infectar os que estavam em torno.

Já em Belo Horizonte, depois de dois jogos com público no Mineirão, do Galo, pela Libertadores, e do Cruzeiro, pela Série B, o prefeito Alexandre Kalil tratou de proibir a repetição da irresponsabilidade porque os testes demonstraram a inviabilidade de os torcedores manterem as máscaras durante os jogos e de não se aglomerarem, tanto dentro quanto fora do estádio.

Será mesmo que o Bolsonaro de sapatênis que governa São Paulo, e que põe para fora de todos os conselhos estaduais aqueles que dele discordam, manterá a decisão de permitir a presença de torcedores nos jogos na Pauliceia?

Se sim, mostrará mais uma vez que sua diferença com o genocida se resume a ter adotado a vacinação mais como marketing do que por convicção científica, porque no fundo, no fundo, e no raso, são muito parecidos.

Cravo e ferradura

Com o elenco que tem o Palmeiras não pode ser tão irregular. Sair da categórica vitória sobre o São Paulo (3 a 0) na Libertadores para perder, em casa, para o Cuiabá por 2 a 0, soa inadmissível.

E não foi derrota qualquer, porque os mato-grossenses sempre estiveram mais perto de fazer o gol que os alviverdes, muito insinuantes, mas só.

Caso o Galo derrote o Fluminense nesta noite de segunda-feira (23), em São Januário, o time mineiro livrará oito pontos sobre o Palmeiras, o segundo colocado, ainda na penúltima rodada do primeiro turno. É muito.

A 17ª rodada tem sido verdadeira mãe para o time de Hulk, pois Flamengo e Fortaleza só empataram e o Palmeiras fez o papelão que fez.

Terminará o jejum de meio século atleticano?

Timão sobe

O Corinthians faria acordo com o Athletico antes do jogo na Arena da Baixada em torno de um empate. E teria feito mau acordo, porque em vez de um, trouxe três pontos de Curitiba, ao enfrentar os titulares do adversário.

Fez primeiro tempo melhor que os anfitriões, um belo gol no começo do segundo e, aí, para lembrar os tempos de Tite, estacionou dois ônibus alvinegros na frente do ataque rival e assegurou o 1 a 0 tão importante que o coloca n G6, quando a ideia era apenas a de terminar o turno longe da zona do rebaixamento.

O Corinthians, aos poucos, muda de patamar.

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