Às quatro em ponto da tarde deste domingo (12), dois jogos para encher os olhos: Palmeiras x Flamengo e Fortaleza x Atlético Mineiro.
Weverton, Gustavo Gómez, Raphael Veiga e Dudu contra Isla, Éverton Ribeiro, Gabigol e Arrascaeta, talvez Bruno Henrique, na casa verde.
No Castelão, o bom Fortaleza, embora em momento menos feliz, contra a armada mineira, de Guilherme Arana, Nacho Fernández, Zaracho, Hulk e Diego Costa.
Pena que ao mesmo tempo, porque dois jogos imperdíveis para espanar o pó das chatíssimas Eliminatórias.
O Palmeiras diante de escrita não menos aborrecida, a de não vencer o Flamengo há oito jogos, desde 2017, com quatro derrotas desagradáveis. Pior: quase sempre em jogos decisivos e com um empate, na Supercopa do Brasil, que terminou com vitória rubro-negra nos pênaltis, para não lembrar de outro, em casa, quando a pandemia obrigou os cariocas a jogar com um bando de garotos.
Abel Ferreira não sabe o que é vencer o clássico e Renato Gaúcho não costuma se dar bem contra treinadores lusitanos, embora o palmeirense não lembre em nada Jorge Jesus.
Maior é o desafio do excelente Juan Vojvoda contra o estrelado time atleticano. Seu Fortaleza terá a torcida do país inteiro exceção feita à do Ceará, porque o líder Galo é o adversário a ser batido.
Pensem a rara leitora e o raro leitor como deve ser de tirar o sono planejar um jeito de enfrentar dois tanques como Hulk e Diego Costa.
Bem mais difícil do que foi para o ex-capitão deixar os donos de caminhões pendurados no teto, e os bolsominions órfãos, para proteger o 01, 02, 03 e 04.
Resposta a Neymar
O irritadinho Neymar, depois de dar passe para gol e fazer outro no Peru, deu também braçada no rosto do adversário, recebeu cartão amarelo e está fora do próximo jogo, na Venezuela, dia 7 de outubro.
O que pode ser muito bom para a seleção brasileira e quem sabe estimular Tite a tirá-lo de campo quando seu futebol estiver abaixo de tudo que ele pode.
Neymar não se limitou a dar passe, fazer gol e ser suspenso.
Perguntou também o que mais precisa fazer para ser respeitado no Brasil?
É simples. Precisa jogar mais para o time que para ele mesmo; ser decisivo numa Copa do Mundo, independentemente de trazer a taça do Qatar; ter comportamento equilibrado dentro de campo e demonstrar um mínimo de empatia com o povo brasileiro fora dele.
Tostão da música
Um dia disse que Tostão escrevia como jogava, minimalista, direto, faca afiada e, para indignação dele, o chamei de Graciliano Ramos da imprensa esportiva brasileira.
Por pura modéstia, o centroavante de minha seleção de todos os tempos não gostou e puxou minha orelha.
Pois puxará de novo.
Durante anos olhava para ele, sempre com muita admiração, e o achava parecido com outra pessoa também admirável, mas não identificava qual.
Pois vendo o ótimo documentário sobre Chico Buarque na Netflix, descobri: Edu Lobo se parece muito com Tostão.
E não apenas fisicamente, no modo de falar. A arte dos dois também tem parecença.
Sim, Edu Lobo é o Tostão da música brasileira: genial, e discreto, na dele.
Chico, Caetano e Gil são brilhantes, explosivos, mediáticos. Edu Lobo tão brilhante como. Perfil baixo.
Pelé, Gérson e Rivellino são brilhantes, explosivos, mediáticos. Tostão tão brilhante como. Perfil baixo.
Não atenderei telefonemas com prefixo 31 nos próximos dias.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.