Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Corinthians e São Paulo voltam a campo ainda sob o efeito do resultado do clássico

Ambos têm desafios para medir o tamanho do trauma em quem perdeu e do benefício no vencedor

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O Majestoso da última segunda-feira (18) ficou para trás, vitória do São Paulo por 1 a 0, com absoluta justiça.

Suas consequências, porém, sobrevivem, e neste domingo (24) ambos têm desafios para medir o tamanho do trauma em quem perdeu e o tamanho do benefício no vencedor.

Às 16h, no Beira-Rio, o Corinthians encara o favorito Inter em jogo de seis pontos por vaga na Libertadores.

Os dois com o mesmo aproveitamento, medíocre, 49,4%, os gaúchos na frente pelo saldo de gols.
O Colorado vindo de empate amargo, em casa, nos acréscimos, com o Bragantino, porque recuou para garantir o 1 a 0.

Montagem com os treinadores de São Paulo, Rogério Ceni, e Corinthians, Sylvinho
Os treinadores de São Paulo, Rogério Ceni, e Corinthians, Sylvinho - Rubens Chiri/saopaulofc.net e Rodrico Coca/Agência Corinthians

O Corinthians, segundo fonte fidedigna, com o destino do técnico Sylvinho já decidido: seria substituído por Mano Menezes, solução inusitada e reveladora da prática tão velha como o último bom trabalho de Mano, a de acreditar que o sucesso de época distante possa se repetir. O presidente corintiano não admite a possibilidade da troca.

Mais bizarra ainda porque o treinador teria recusado o Grêmio sob o argumento de não querer pegar time em fim de temporada, exatamente a mesma situação do Alvinegro.

Segundo se informa, só o diretor de futebol, Roberto Andrade, gostaria da permanência de Sylvinho, cujo caminhão parece ainda pequeno para a areia de Parque São Jorge, embora seja necessário avaliar como repercutiu no elenco, com uma porção de jogadores credores do clube, as recentes contratações milionárias feita pela direção que havia prometido botar as contas em ordem.

Enfim, queda de técnico após insucesso em Majestosos não chega a ser novidade —nada menos de 15 já foram degolados no Corinthians, seis a mais que depois de Dérbis malsucedidos.

Só falta que a decisão de esperar o confronto em Porto Alegre tenha como motivação não aumentar a contagem para 16.

Já o São Paulo, ainda em situação incômoda na tábua de classificação, irá a Bragança Paulista enfrentar o Bragantino, às 18h15. Parada também dura!

Em 12º lugar, o Tricolor está a seis pontos do primeiro dos quatro últimos da zona do rebaixamento e a seis pontos do último dos seis primeiros do G6.

Empatar não será mau resultado, embora venha a representar o 14º empate em 28 rodadas, uma demasia, além do estacionamento na parte de baixo da tabela.

Rogério Ceni chegou chegando.

Estreou com resultado ruim com o Ceará, 1 a 1, no Morumbi, mas com desempenho razoável. E comandou um time obstinado no Majestoso, como se disputasse uma decisão, contra o rival que parecia jogar amistoso.

Vencer o Bragantino muito provavelmente dará início à nova lua de mel entre Ceni e a torcida são-paulina, ainda magoada com ele, não pelo que fez no Flamengo, mas pelo que disse. Nem mesmo o triunfo sobre o principal rival superou a mágoa e os quase 24 mil torcedores presentes ao estádio, maior público do Campeonato Brasileiro, não entoaram o nome do M1TO, melhor goleiro da história do clube, membro da Santíssima Trindade tricolor, ao lado de Leônidas da Silva e Raí, e acima dos dois.

O torcedor tem lá suas razões, suas idiossincrasias, mas não é possível que a gratidão perca para episódio tão menor, que a vida inteira dedicada ao clube seja tisnada por uma frase infeliz.
Torcedor que deve se lembrar de que, mesmo sem o cérebro Artur e o goleador Ytalo, o Braga é o favorito.

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