Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Desafio de Ceni é vencer Corinthians pela 1ª vez como técnico do São Paulo

Para clube do Morumbi, clássico é vital para afastar o perigo do rebaixamento

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Embora tenha marcado seu 100° gol no Corinthians, o terceiro dele no alvinegro, Rogério Ceni não se dá bem com o rival.

Na nova carreira como treinador ganhou apenas um dos nove jogos que disputou —e precisou dirigir o Flamengo para obtê-la, em fevereiro deste ano.

Rogério Ceni comanda treino do São Paulo após voltar ao clube, na semana passada
Rogério Ceni comanda treino do São Paulo após voltar ao clube, na semana passada - Rubens Chiri-13.out.21/saopaulofc.net

Até então havia perdido quatro vezes, três pelo tricolor paulista e uma pelo tricolor cearense, o Fortaleza, e empatado as demais.

Como jogador enfrentou o Corinthians 68 vezes, perdeu 26, empatou e venceu 21 vezes, ao sofrer 95 gols, mais de um por jogo.

Tudo isso, e nada disso, estará em jogo nesta segunda-feira (18) no Morumbi, no Majestoso de número 350, 131 vitórias corintianas, 106 são-paulinas, 112 empates.

Tudo isso importa porque clássicos são clássicos exatamente pelas histórias que carregam, pelos personagens que produzem e, sem nenhuma dúvida, Rogério Ceni é protagonista do Majestoso.

Se os números citados favorecem o visitante desta noite, e se o corintiano curte saber que jamais perdeu em 15 Majestosos em Itaquera, é bom que saiba, também, que desde 2017, em sete jogos com quatro vitórias, o São Paulo não perde como seu anfitrião.

Mas nada disso importa quando o olhar se limita ao jogo em si, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Para o São Paulo o clássico é vital na busca de se afastar da maliciosa zona do rebaixamento, a areia movediça que traga as camisas pesadas com mais gosto que as pequenas, experiência inédita na vida tricolor e pela qual não quer e não pode passar.

Para Ceni será passo fundamental na direção de começar a vencer a resistência de grande parte da torcida que não o perdoou por declarações desastradas na passagem pela Gávea —as quais ele só piorou ao tentar consertá-las.

Sem Miranda, sem Luan e sem Rigoni, o melhores da defesa, do meio de campo e do ataque, será complicado superar o adversário cujos desfalques de Fagner e Willian pesam bem menos que a presença do quarteto responsável pela reação corintiana —Giuliano, Renato Augusto, Roger Guedes e o jovem Gabriel Pereira, embora, registre-se, o time tenha jogado mal na derrota para o Sport e na vitória, injusta, sobre o Fluminense.

Ao contrário da luta do São Paulo, a do Corinthians é pelo G4 e mesmo a derrota não o afastará dela, o que faz de eventual 11º empate resultado razoável, ao passo que o 14º empate tricolor, em 27 jogos, será exagero perigoso.

E o Palmeiras?

O alviverde enfim venceu e até mostrou bons momentos contra o Inter, embora depois de ter feito 1 a 0, e com um jogador a mais, não tenha sabido explorar a vantagem.

Abel Ferreira faz história também pelas entrevistas que concede.

Depois do empate com o Bahia se confundiu na citação e disse “que para meio entendedor, meia palavra basta”, o que os bons entendedores ficaram sem entender e parece que existem quatro jornalistas, além do vizinho, que ele quer ver longe.

Já antes de enfrentar o Colorado, com razão, reclamou dos 13 jogos sem seus jogadores a serviço das seleções, mas, ao olhar só para o próprio umbigo foi incapaz de lembrar que Atlético Mineiro e Flamengo passam pelo mesmo absurdo e que o time carioca é o que perde os jogadores mais decisivos.

Era grande a expectativa, depois da vitória sobre os gaúchos, se Ferreira falaria sobre o vexaminoso desaparecimento dos gandulas depois da abertura do placar.

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