Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Há mais de uma escrita em jogo em Itaquera

Resta saber por qual delas tem mais simpatia a tal Teoria das Probabilidades

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Será neste domingo (22) o fim da invencibilidade corintiana em seu novo estádio diante do São Paulo?

São dez vitórias e cinco empates, 28 gols marcados contra 12, uma escrita iniciada em 21 de setembro de 2014, lá se vão quase oito anos.

Pela Teoria das Probabilidades é de se apostar que está a cada Majestoso mais próximo o dia da vitória dos tricolores porque, convenhamos, não é normal entre times tão equilibrados tamanho desequilíbrio.

Willian disputa a bola entre jogadores são-paulinos na semifinal do Paulista de 2022, em março, no Morumbi, vencida pelo São Paulo
Willian disputa a bola entre jogadores são-paulinos na semifinal do Paulista de 2022, em março, no Morumbi, vencida pelo São Paulo - Danilo Verpa - 27.mar.22/Folhapress

É verdade que nos três últimos encontros, sem torcida devido à pandemia, o São Paulo não aproveitou a chance, embora tenha saído com dois empates.

Além de Itaquera, outro personagem comum aos 15 Majestosos é o goleiro Cássio.

Até mesmo no célebre 6 a 1 de 2015, quando o alvinegro entrou em campo já hexacampeão brasileiro e, por isso, sem escalar todos os titulares, era ele quem estava na meta anfitriã.

Há outra escrita em jogo, porém, contudo e todavia: o Corinthians não vence um clássico estadual há cinco jogos, todos disputados nesta temporada de 2022.

Perdeu para o Santos, em Itaquera, demitiu Sylvinho e contratou Vítor Pereira, que perdeu duas vezes para o adversário deste domingo e mais duas para o Palmeiras.

Desde 1959 não acontecia de o Corinthians ser derrotado em cinco clássicos seguidos, e resta saber se a tal Teoria das Probabilidades tem mais simpatia pela quebra da escrita em Itaquera ou por essa mais recente.

É evidente que os jogos com torcida única colaboram fortemente para o fator casa prevalecer e parece que conviveremos com isso daqui para a frente em São Paulo, a menos que, um dia, tenhamos autoridades capazes de resolver a questão da violência sem proibir, proibir e proibir —porque para tanto basta ter o poder, em vez do saber.

Tudo indica que os dois times jogarão com força máxima porque o São Paulo está classificado para seguir adiante na Copa Sul-Americana e pode descartar o jogo da quarta-feira (25), contra os peruanos do Ayacucho, no Morumbi.

E o Corinthians, embora tenha de vencer seu próximo adversário pela Libertadores, os bolivianos do Always Ready, só jogará contra eles, e de novo em casa, na quinta-feira (26), com tempo de sobra para recuperar todos os jogadores.

Vítor Pereira sabe que a satisfação com o ponto trazido na marra de Buenos Aires irá pelos ares se acontecer a sexta derrota.

Assim como Rogério Ceni conhece bem o tamanho do trauma em Itaquera, apesar de poupado do vexame do 6 a 1 e de só ter participado, como goleiro, de um dos 15 jogos da escrita, em 2015, 2 a 0, pela Libertadores. Porque participou de outros dois Majestosos, um empate e uma derrota, como treinador são-paulino, em 2017, do mesmo modo que ao dirigir o Fortaleza em Itaquera perdeu uma vez e empatou outra.

Ou seja, Ceni jamais saiu do estádio da zona leste com os três pontos e, de novo, há de contar com a Teoria das Probabilidades.

Quem ganhar, se alguém ganhar, terminará a sétima rodada do Campeonato Brasileiro na liderança, o que ainda não significará nada demais, mas é sempre melhor do que estar por baixo. Será o jogo do líder contra o terceiro colocado.

Os dois times têm usado a base sem cerimônia, o que é muito saudável; o Corinthians tem mais jogadores talentosos, e o São Paulo tem Calleri em grande fase.

Que a escrita seja quebrada. Como?

Corintianos e são-paulinos sabem.

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