Some a 14ª taça da Liga dos Campeões da Europa aos sete títulos mundiais, às quatro Supertaças Europeias, às duas Taças Uefa e aos 35 Campeonatos Espanhóis, além das 19 Taças do Rei e das 12 Supertaças da Espanha, e pronto: não resta dúvida sobre qual é o clube mais vitorioso do futebol mundial.
Se a rara leitora e o raro leitor quiserem considerar como campeões mundiais de clubes apenas os que venceram o torneio patrocinado pela Fifa, os madridistas também dominam com quatro, um a mais que o rival Barcelona.
Contabilizando a Taça Intercontinental, como a Fifa reconhece, a vantagem sobre o segundo colocado, o Milan, é de 7 a 4, quase o dobro, como é a superioridade merengue na Europa, 14 a 7 sobre os rossoneros.
É impressionante.
A 14ª Orelhuda ainda teve o sabor especialíssimo de estar perdida para o campeão francês PSG, para o campeão mundial Chelsea e para o campeão inglês Manchester City.
Como estaria perdida para o superior Liverpool não fosse a épica atuação do goleiro belga Thibaut Courtois, 30 anos, 2 metros, 96 quilos.
Certo estava Jürgen Klopp ao perguntar ao fim da decisão quando é que o time dele, campeão das duas Copas britânicas na temporada, disputará mais uma final. Porque o Liverpool ficou a um ponto de ser campeão inglês —92 pontos ganhos, 80,7% de aproveitamento, 94 gols marcados— e perdeu a Champions no detalhe do oportunismo de Vinicius Junior, da falha do exuberante Alexander-Arnold e na fabulosa atuação de Courtois.
Eis aí uma questão para o torcedor brasileiro pensar.
Às vezes dá a impressão de que preferimos perder antes de decidir a conviver com a frustração da derrota na final.
Que entre ser campeão da Copa Sul-Americana e vice da Libertadores ficamos com a primeira alternativa.
Sobre o tema, o UOL Esporte fez interessante levantamento para saber qual clube brasileiro é campeão de tudo, algo que o Inter já alardeou em 2008 e que a volta da Supercopa do Brasil modificou, porque é título que falta aos gaúchos.
Segundo o levantamento, que considera campeões mundiais apenas os vencedores do torneio organizado já pela Fifa, os clubes brasileiros mais próximos de ser campeões de tudo são o Colorado e o Corinthians, a quem só resta ganhar a Copa Sul-Americana.
Nosso maior campeão, o São Paulo, ainda não tem a Copa do Brasil nem a Supercopa do Brasil.
Teria sido melhor para a Fiel torcida a eliminação na Libertadores, que só vencerá de novo agora por milagre, para disputar a Sul-Americana com chance de conquista?
Não pergunte a Jürgen Klopp. Ele só pensa no creme do creme, embora cada vez mais este seja merengue.
Pep Guardiola como estará? Terá saboreado a derrota do rival para terminar a temporada por cima?
E Abel Ferreira? Já planeja enfrentar o Real Madrid?
Sobre quem inexistem perguntas a fazer, dúvidas a eliminar?
É italiano, tem quase 63 anos, chama-se Carlo Ancelotti e nasceu para vencer.
Campeão alemão, espanhol, francês, inglês e italiano, da Champions como jogador e como treinador, ganhador como atleta da Copa Intercontinental, que o UOL não considera como Mundial, mas a Fifa, sim, e de dois Mundiais Fifa como técnico do Milan e do Real Madrid.
Cuide-se seja quem for o treinador a enfrentá-lo no próximo Mundial —e tomara venha a ser um estrangeiro à frente de time brasileiro.
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