Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

Além de estar pouco preocupado em ser justo, o futebol chega a ser cruel

O São Paulo mereceu ser goleado e terminou vencendo depois de quatro empates

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Nos primeiros 25 minutos de jogo o América criou cinco chances claras para marcar contra o desnorteado São Paulo.

Bolas rentes às traves, na trave, defesa de Jandrei e, de repente, Luan se machuca para Patrick substituí-lo.

Num raro ataque tricolor, Patrick abriu o placar e o São Paulo segurou o resultado até o fim depois de quatro empates seguidos quando fez por vencer.

Futebol é assim. Além de estar pouco preocupado em ser justo, chega a ser cruel.

O que deveria ter sido 3 a 0 para os mineiros foi 1 a 0 para os paulistas.

Henrique, do América Mineiro, disputa bola com Igor, do São Paulo em partida pelo Brasileiro no Morumbi
Henrique, do América-MG, disputa bola com Igor Vinícius, do São Paulo em partida pelo Brasileiro no Morumbi - Carla Carniel/Reuters

Jovem Timão

Derrotar o Juventude, um dos lanternas do campeonato, em Itaquera com quase 35 mil torcedores, era o mínimo a se exigir do Corinthians.

Pois fez, como se diz, a lição de casa, ao vencer por 2 a 0 e com momentos de brilho como ainda não havia mostrado na temporada.

Produziu jogadas envolventes de pé e pé, triangulações insinuantes e ótimas participações de Adson, 21, Du Queiroz, 22 e Mantuan, 20, três mosqueteiros jovens para compensar o grupo veterano do time.

Há muito a melhorar ainda, como, por exemplo, acertar as finalizações entre as três traves. Das 13 que fez, apenas três acertaram o alvo, duas delas a rede, uma em cada tempo, no começo do primeiro e no fim do segundo. É pouco.

Santos heroico

O Santos pisou no Mineirão com time esfacelado por lesões e convocações da seleção sub-20 para enfrentar simplesmente o rico Atlético Mineiro, um dos favoritos ao título do Campeonato Brasileiro e, diante de mais de 26 mil torcedores, disposto a desfazer a má impressão deixada na derrota de 5 a 3 para o Fluminense.

Como se não bastasse, o Santos sofreu um gol aos 5 minutos de jogo e teve zagueiro expulso aos 12’ do segundo tempo.

Mesmo assim empatou e quase venceu, não fosse a trave já no derradeiro segundo do clássico.

Comportamento heroico.

Agudo Tostão

Ele fica bravo porque prefere não ser elogiado.

Mas em sua coluna dominical Tostão definiu dois personagens com a agudeza de Graciliano Ramos.

Escreveu que Kevin De Bruyne pode não ser o melhor jogador do mundo, mas é o mais completo.

E que Abel Ferreira é como Bernardinho, sempre em busca de mais.

Quem viu a entrevista do treinador palmeirense depois da goleada sobre o Botafogo ficou exatamente com essa impressão: a de que vencer é um compromisso pessoal que nunca o satisfaz porque o próximo jogo é o que interessa.

Abel contou que a mulher dele reclama de que a derrota o deixa muito mais triste do que a vitória o alegra.

Bernardinho sempre foi desse modo, até quando ganhava medalha de ouro olímpica, porque em seguida já tinha de planejar o torneio seguinte para honrar o ouro.

Pessoas assim podem até não ser felizes, mas são valiosas.

Tostão percebe como todos nós —e define como só ele é capaz.

Stephen Curry, do Golden State Warriors, no quinto jogo de disputa pela final da NBA contra o Boston Celtics, na última sexta-feira (10)
Stephen Curry, do Golden State Warriors, no quinto jogo de disputa pela final da NBA contra o Boston Celtics, na última sexta-feira (10) - USA TODAY Sports

NBA 5º

Que esta segunda-feira (13) seja de sorte ao Golden State Warriors, em San Francisco, contra o Boston Celtic, no quinto jogo da série para definir o campeão da NBA.

A disputa está empatada depois que Stephen Curry transformou o infernal ginásio do Boston, com quase 20 mil fanáticos, num imenso velório, ao marcar 43 pontos e conduzir seu time ao triunfo por 107 a 97, com sete cestas de três pontos em atuação épica, ele sim, o melhor e mais completo jogador de basquete do mundo. Com apenas 1,88m, deu-se ao luxo ainda por cima de pegar dez rebotes.

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