Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Descrição de chapéu Libertadores

Corinthians busca milagre na Bombonera

Eliminar o Boca Juniors em sua casa é para poucos, como o Santos do Rei Pelé

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Na próxima terça-feira (5), o Corinthians terá a missão de eliminar o Boca Juniors da Libertadores na Bombonera.

Até hoje, embora o Cruzeiro, o Paysandu, o Fluminense e o Palmeiras já tenham vencido os xeneizes na casa deles, só o Santos os derrotou em jogo decisivo, em 1963, para ser bicampeão continental, por 2 a 1, gols de Coutinho e Pelé.

Caberá ao alvinegro o desafio, durante os 90 minutos, ou nos pênaltis, de repetir a façanha.

Improvável, de fato.

Pudesse Vítor Pereira escalar Cássio, Fagner, Gil, João Victor e Fábio Santos; Maycon, Du Queiroz, Giuliano e Renato Augusto; Willian e Róger Guedes, e a tarefa seria menos complicada, mas nada indica que possa fazê-lo.

Basta dizer que deste 11 experiente e qualificado, apenas Cássio, Fagner, João Victor, Fábio Santos, este nos acréscimos, Giuliano, Willian e Róger Guedes estiveram no gramado de Itaquera no empate sem gols do jogo de ida. E Fagner e Willian saíram machucados, o primeiro no intervalo, o segundo ao fim do jogo.

Willian deixou o primeiro jogo das oitavas lesionado - Nelson Almeida - 28.jun.22/AFP

A opção por elenco envelhecido em calendário desumano paga o preço do desatino que impediu a escalação de Gil, Fábio Santos, Maycon, Du Queiroz e Renato Augusto como titulares no jogo que deveria ser o que permitisse ir a Buenos Aires com vantagem.

Por ironia, o Corinthians ainda desperdiçou pênalti com Róger Guedes, na única bola que chutou entre as três traves, porque o batedor quase perfeito, Fábio Santos, estava no banco.

O time do Boca Juniors de hoje em dia está longe de outros bem mais poderosos e temíveis, mas a Bombonera é a mesma e a torcida tão intimidadora como sempre.

Restará ao Corinthians escrever dessas páginas inesquecíveis em sua história de tantas conquistas eternas, coisa que talvez nem o mais fiel dos fiéis acredite.

Economia porca

Enquanto reforça o time ao pagar salários altos e argumentar que apenas preenche o que se deixou de gastar com quem saiu (raciocínio que deve encantar os credores), a direção do Corinthians descuida de Itaquera, ao demitir funcionários, com salários irrisórios, que tratavam da manutenção do estádio.

É o tal barateamento que sai caro, principalmente no que diz respeito à segurança dos torcedores.

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