O Palmeiras não perde desde a primeira rodada do Campeonato Brasileiro quando surpreendentemente, em casa, acabou derrotado pelo Ceará por 3 a 2.
De lá para cá foram 18 jogos válidos também pela Libertadores e pela Copa do Brasil, com 14 vitórias e empates contra a dupla Fla-Flu, Atlético Mineiro e Goiás.
Está nos pés do São Paulo, nesta noite de segunda-feira (20), impedir a continuidade da série invicta, no Choque-Rei 336, clássico disputado pela primeira vez em 1930 e com 113 vitórias do lado são-paulino, contra 112 do palmeirense.
Será também o Choque-Rei 69 pelo Campeonato Brasileiro e aí a vantagem é do Palmeiras, com 23 vitórias contra 16 derrotas e a prevalência de empates, 29.
Números são números nada além de números, mas, no caso, se olhados pelos encontros mais recentes, dizem mais que a frieza estatística, até porque são-paulinos e palmeirenses têm bem quente na memória os resultados dos dois derradeiros embates, na última semana de março passado e primeira de abril.
Com atuação exemplar em casa, o tricolor fez 3 a 1 no primeiro jogo da decisão estadual e deu como certa a conquista do bicampeonato seguido para amargar, no estádio do rival, a goleada implacável por 4 a 0 na peleja de volta.
Melhor mandante do campeonato com quatro vitórias e um empate (contra o Ceará!), a hora para o caseiro time de Rogério Ceni é esta, com torcida única, sem esquecer que a última derrota no Morumbi foi exatamente para o Palmeiras, por 1 a 0, na primeira fase do Paulistinha.
Que o Palmeiras é melhor ninguém tem dúvida e esta é a única dúvida que ninguém tem porque a certeza do resultado não existe em jogo algum de futebol, ainda mais em clássicos.
E Abel Ferreira já disse que um dia o Palmeiras vai perder, para doer mais nele a derrota do que alegra a vitória.
Atenção especial para o duelo entre Calleri e Gustavo Gómez, o artilheiro argentino contra o zagueiro paraguaio.
O Brasil inteiro hoje é são-paulino. Até os corintianos.
Insinuante
O Corinthians insinuou uma porção de gols contra o esfacelado time do Goiás, em Itaquera.
Insinuou, insinuou e só fez um gol, que valeu a vitória por 1 a 0, de pênalti. Pênalti inexistente, de bola no braço de apoio do zagueiro caindo no chão.
Assim, insinuando mais do que fazendo, aos trancos e barrancos, o Corinthians é o vice-líder do Brasileiro.
E pode até terminar a rodada em primeiro lugar.
Desde que o São Paulo ganhe do Palmeiras.
Por dez gols de diferença…
Frustrante
A frustração pela qualidade do clássico entre Atlético Mineiro e Flamengo, vencido pelos mineiros por 2 a 0, foi diretamente proporcional à expectativa em torno do encontro entre dois dos favoritos ao título.
Já tinha sido assim quando Palmeiras e Galo e Palmeiras e Flamengo se enfrentaram sem fazer nem sequer um gol em 180 minutos.
Desse jeito, no triangular dos favoritos neste primeiro turno, os mineiros fizeram quatro pontos, os paulistas só dois e os cariocas apenas um.
O lendário treinador gaúcho Osvaldo Brandão (1916-1989), ídolo de corintianos e palmeirenses, dizia que campeonatos eram vencidos contra os menores, porque os maiores dividiam entre si os pontos que disputavam.
Pelo menos por enquanto os fatos estão dando razão a ele, embora a queixa, aqui, seja sobre o nível de jogos dos quais tanto se esperava.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.