Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Corinthians se supera de novo

Depois do milagre na Bombonera, Itaquera vê outra belíssima façanha alvinegra

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Havia uma escrita incômoda de nove jogos sem vencer o Flamengo, que fazia de Itaquera a sua casa.

E o rubro-negro, bem mais inteiro que o Corinthians, tinha tudo para seguir invicto no Clássico do Povo.

Inoculado pelo milagre diante do Boca Juniors, o esfacelado alvinegro conseguiu equilibrar o jogo, embora sem finalizar contra a meta carioca e contando com nova atuação decisiva de Cássio, em seu jogo 600° com a camisa alvinegra.

Quis o destino que no começo do segundo tempo a primeira bola chutada entre as traves cariocas entrasse —e mandada pelo lateral rubro-negro Rodinei, com rápida passagem pelo alvinegro em 2012, quando jogou apenas uma vez.

Daí para frente, apesar de o Flamengo reforçar o time com mais dois titulares, Everton Ribeiro e Pedro, além de Marinho, o Corinthians foi superior e criou mais chances para ampliar o 1 a 0 do que correu riscos de sofrer o empate, embora o Flamengo tenha podido empatar.

Na pré-estreia das quartas de final da Libertadores, quando o Corinthians deverá estar muito mais forte, uma nova injeção de superação haverá de fazer muito bem ao quase heroico elenco alvinegro.

Fábio Santos comemora gol do Corinthians contra o Flamengo na Neo Química Arena, neste domingo (10)
Fábio Santos comemora gol do Corinthians contra o Flamengo na Neo Química Arena, neste domingo (10) - Carla Carniel - 10.jul.22/Reuters

Fred, 199

Numa festa à altura da carreira de Fred no Maracanã lotado, o centroavante do Fluminense se despediu do futebol sem fazer o gol de número 200 com a camisa tricolor.

Melhor assim.

São dois os noves em 199, melhor homenagem possível a um dos maiores centroavantes da história do futebol brasileiro, que teve Arthur Friedenreich, Leônidas da Silva, Ademir de Menezes, Vavá, Coutinho, Tostão, "só" na Copa de 1970, Roberto Dinamite, Romário, Careca e Ronaldo Fenômeno, para citar apenas dez e completar o 11 com Fred.

Fred após o jogo em que se despediu da torcida do Fluminense, no Maracanã, no sábado (9)
Fred após o jogo em que se despediu da torcida do Fluminense, no Maracanã, no sábado (9) - Sergio Moraes - 9.jul.22/Reuters

Fator casa

A Copa do Brasil reserva grandes embates neste meio de semana, mas dois merecem destaque especial no sudeste do país: Palmeiras x São Paulo e Flamengo x Atlético Mineiro, na casa verde e no Maracanã.

Os visitantes defendem vantagens mínimas obtidas nos jogos de ida e terão adversários poderosos para mantê-las, porque tanto o Palmeiras quanto o Flamengo têm as viradas como questão de honra, além de estádios lotados a seu favor.

Corinthians contra o Santos, na Vila Belmiro, e América contra o Botafogo, no Nilton Santos, têm vantagens confortáveis para chegar às quartas de final — 4 a 0 e 3 a 0, respectivamente, nos jogos em Itaquera e no Horto.

As demais disputas, Ceará x Fortaleza, no Castelão, Goiás x Atlético Goianiense, na Serrinha e Cruzeiro x Fluminense, no Mineirão, estão abertas e só Athletico x Bahia, na Arena da Baixada, parece resolvido para os paranaenses.

Barraco chic

Do alto de 1,93m, e de um saque poderoso, o australiano Nick Kyrgios, 27, conseguiu fazer da final do torneio mais tradicional do tênis, no santuário de Wimbledon, um barraco com deliciosos momentos da mais pura várzea, se na várzea o esporte de branco fosse disputado —lembrando que o branco mesmo só segue respeitado nas quadras do complexo londrino que serve morango com creme.

Kyrgios andou aparecendo de vermelho, teve de trocar os calçados, encrencou com o juiz de cadeira, com torcedores, e tentou o tempo todo, na decisão, desestabilizar Novak Djokovic, o sérvio estupidamente antivacina, mas de frieza impressionante, capaz de ignorar o rival e vencer o torneio pela sétima vez ao derrotar o bad boy por 3 a 1.

Nick Kyrgios usando boné vermelho após final do torneio de Wimbledon, que exige roupa toda branca dos competidores
Nick Kyrgios usando boné vermelho após final do torneio de Wimbledon, que exige roupa toda branca dos competidores - Sebatien Bozon - 10.jul.22/AFP

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