Segundo o Datafolha, o instituto de pesquisa de maior credibilidade no Brasil, Tite tem 52% de ótimo e bom entre os eleitores de Lula, dez pontos a mais que entre os que votarão no sociopata.
Com o que ele tem 47% de ótimo e bom no geral, 24% de regular e apenas 7% de ruim ou péssimo. São 22% os que não sabem responder.
Em dezembro de 2019 os dados eram diferentes, com 37%, 32%, 16% e 15%.
Faz sentido.
A campanha sem derrota nas Eliminatórias para a Copa no Qatar melhorou a avaliação daquele que, quando técnico do Corinthians, em 2012, levou a taça da Libertadores ao já ex-presidente da República que havia saído do governo com 83% de aprovação na pesquisa do mesmo Datafolha.
Verdade que anos depois, ao dizer que não visitaria o sociopata nem antes nem depois da Copa América de 2019, disse que havia errado sete anos antes ao misturar futebol e política.
Tite também foi contra a realização da Copa América de 2021 no Brasil em plena pandemia, aceita e incentivada pelo genocida.
Entre outros números colhidos pelo Datafolha estão os 51% dos brasileiros que dizem não estar ligados na Copa deste ano, a partir de 21 de novembro, o que não surpreende.
Antes teremos as eleições mais importantes da história do país. E, acreditem rara leitora e raro leitor, quando às vésperas da estreia da seleção, no dia 24, contra a Sérvia, aos poucos os 22% que hoje se dizem muito interessados se somarão outros tantos e mais um montão, três ou quatro vezes mais.
Inegável que a seleção interessa menos do que já interessou porque não se discute mais a titularidade do goleiro ou a do centroavante do meu time ou do seu, mas se a do número 9 do Arsenal ou a do Tottenham, ou a do número 1 do Manchester City ou a do Liverpool.
Assim mesmo, na hora em que a Copa começar, a mobilização se agigantará, apesar de a maioria não saber bem quem é o lateral direito ou o esquerdo.
Já aqueles 54% que apostam no hexacampeonato da seleção na primeira Copa disputada no mundo árabe revelam que a esperança é mesmo a profissão predileta dos brasileiros.
Porque projeções mais realistas indicam ser mais possível tanto o tricampeonato francês de Kylian Mbappé e Karim Benzema quanto o argentino de Lionel Messi e Ángel Di Maria.
Como diz o vizinho PVC, o Brasil é um dos favoritos, sempre é, mas não mais o grande favorito, como tantas vezes.
O que talvez seja até vantajoso, por tornar mais leve a missão.
Cada um tem seus candidatos: a Bélgica do genial Kevin de Bruyne e de Romelu Lukaku não pode ser esquecida.
BOTA JÔ, TELÊ!
O texto que segue é do escritor e oftalmologista pernambucano Roberto Vieira, originalmente publicado no meu blog no UOL: "A cena é cômica/Embora um tanto triste/O gordo chega no céu/Boquiaberto/‘Né que tem céu!’/Tem céu e o céu tem futebol/Bando de craques em campo/Djalmas/Niltons/Puskas/Cruyffs/Putz/Leônidas tabelando com Denner/O jogo está 0x0/De um lado, o técnico é Pozzo/Sisudo/Piolas/O gordo está extasiado/Esta é a Copa que ninguém viu/Um autêntico xangô em Baker Street/Quando menos se espera... o grito/Uníssono/‘Bota Jô, Telê!’/É Deus e seu senso de humor em trindade/Mas Telê Santana não ousa ir contra o próprio Deus/Vira pra Mané/Manda ele sair/Telê que chama o recém-chegado/E após aquele abraço sussura/Vai lá Jô!/Joga o que você sabe/E Jô Soares entra nos 90 minutos da eternidade...
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