O futebol das mulheres progride a olhos vistos no Brasil.
Não apenas em qualidade técnica, cada vez mais refinada, mas, também, em interesse das torcidas.
Nova prova disso foi vista no Beira-Rio, com mais de 36 mil torcedores, recorde no Campeonato Brasileiro e desafio para a Fiel no sábado, às 14h, em Itaquera, quando quem ganhar será campeão.
Já houve público maior no futebol feminino, no Maracanã, na Olimpíada de 2016, quando Brasil e Suécia empataram sem gols e as suecas se classificaram nos pênaltis diante de 70.454 pessoas. Olimpíada, é outra conversa.
O 1 a 1 do Beira-Rio teve as Gurias do Inter com atuação superior no primeiro tempo e as Brabas corintianas melhores no segundo, quando empataram.
Ficou claro que as paulistas sentiram o apoio colorado e só se equilibraram na etapa final, ao conseguir o resultado que as coloca com grande chance de conquistar o tricampeonato seguido e o tetra alternado no Campeonato Brasileiro, para afirmar a hegemonia no país e no continente, pois também é tricampeã da Libertadores, sempre de maneira invicta.
O jogo final será o sexto entre Corinthians e Inter. Até hoje as alvinegras não perderam e têm três vitórias.
Detalhe do jogo de ida: o gol gaúcho foi marcado pela ex-corintiana Milene Fernandes e o paulista pela ex-colorada Jheniffer.
Acreditem a rara leitora e o raro leitor que apoiar o futebol das mulheres está longe de ser atitude politicamente correta, mas simplesmente prazerosa, porque os jogos são muitos bons.
Clássico é clássico
Como pode o Fluminense ter sete vitórias e apenas uma derrota para o Flamengo nos últimos dez jogos?
Pois tem. Tem mais: ganhou do rival o último campeonato estadual, sem ser possível comparar o investimento de um e de outro.
O Maracanã, tomado pelas cores rubro-negras, e com poucos tricolores, desconfiados depois da eliminação na Copa do Brasil, foi mais uma vez testemunha de que clássico é clássico e vice-versa, como disse um filósofo do futebol.
Sem abdicar do chamado dinizismo, o Fluminense suportou a artilharia adversária com garra e fez 2 a 0, um gol em cada tempo.
Verdade que o primeiro gol, em pênalti mais para o Sobrenatural de Almeida do que para as 17 regras do ludopédio, o que, aliás, também faz parte da história dos clássicos que fazem por merecer o nome.
Daí ser absolutamente natural que a chamada Nação tenha ficado aliviada com a eliminação do time das Laranjeiras pelo Corinthians na Copa do Brasil, porque as finais teriam ingredientes que o Clássico do Povo não tem, apesar de seu indiscutível gigantismo.
Vitor Pereira há de analisar com lupa a primeira derrota rubro-negra em 20 jogos, mas talvez seja de pouca valia, porque Fla-Flu é Fla-Flu.
Impensável Dom Arrascaeta deixar de aproveitar, a não ser em clássicos estaduais de tanta história, as oportunidades evitadas por Fábio, o mesmo goleiro a quem os corintianos agradecem na vitória por 3 a 0.
Porque clássicos são clássicos e vice-versa.
RACISTAS FDP
Racistas são racistas, racistas são fascistas, racistas são iguais em quaisquer partes do mundo, vimos novamente na Espanha, Vinicius Júnior como vítima.
E que maravilhosa vítima, não apenas por sua reação altiva ao prometer que seguiria dançando ao comemorar gols, como ao dançar para comemorar o gol de Rodrygo contra o Atlético de Madrid.
Viva Vini!
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