A tosse, quase sempre presente quando passamos por um resfriado, termina rapidamente, no máximo após três semanas. A irritante e persistente tosse crônica é aquela que permanece por até oito semanas.
Artigo de atualização na revista "American Family Physician" deste mês refere que a tosse crônica pode provocar desagradáveis embaraços aos pacientes. Elas apresentam-se desde a incontinência urinária durante o acesso de tosse até uma fadiga sempre presente e às vezes até depressão.
A maior parte dos casos de tosse crônica é provocada pelo refluxo gastroesofágico (o retorno do suco gástrico através do esôfago, com sensação de queimação), corrimento nasal constante e asma. Essas e outras causas podem ser identificadas pelos clínicos e pneumologistas após exames adequados.
Eventualmente, alguns medicamentos também colaboram para o desencadeamento da tosse em algumas pessoas, principalmente mulheres. São os inibidores da ECA, empregados no tratamento da hipertensão, e os betabloqueadores na forma de colírio, que agravam as vias aéreas de pacientes portadores de asma.
Após afastarem as causas mais prováveis nos adultos, os médicos também avaliam a possibilidade de a tosse crônica estar relacionada ao próprio ambiente onde vive o paciente, ao vício de fumar ou à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Para as crianças dos 6 aos 14 anos, a preocupação principal está relacionada à asma ou bronquite, causas mais frequentes nessa faixa etária.
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