Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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EUA fazem novas indicações para prevenção de alergia a amendoim

Estudos mostram que crianças que consomem alimento mais cedo têm menor prevalência de alergia

A alergia ao amendoim é diagnosticada nos primeiros anos de vida e persiste até a fase adulta. Nos EUA, o índice de mortalidade pela reação alérgica grave é baixo. A incidência dessa alergia alimentar é de 2% em crianças e 1% em adultos.

No Mercado Municipal de São Paulo, diversos tipos de castanhas e amendoim
Crianças que se alimentam mais cedo com amendoim apresentam menor chance de desenvolver alergia - Eduardo Anizelli/Folhapress

Na revista Jama desta semana novas diretrizes do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA são relatadas por Anna Volerman e Adam S. Cifu, da Universidade de Chicago (EUA).

Referem os autores que novas evidências sustentam a introdução precoce de alimentos alergênicos, em particular para a alergia ao amendoim.

Essa nova recomendação, dizem, é um exemplo de mudança baseada em robustas evidências. Anteriormente, a recomendação era postergar a introdução do amendoim no consumo alimentar. 

Novos estudos mostraram que crianças que consumiram amendoim com idades entre 4 e 11 meses apresentaram menor prevalência de alergia aos 60 meses, em comparação com as que postergaram a introdução na alimentação para depois dos 60 meses.

Essa mudança teve por base resultados observados em dois países. Em Israel, a introdução e consumo regular de amendoim pelas crianças inicia-se ao redor dos 7 meses enquanto no Reino Unido o amendoim passa a ser oferecido às crianças após um ano de idade. Comparando com as crianças britânicas, a prevalência de alergia ao amendoim entre as crianças israelenses foi dez vezes menor.

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