A gota já foi considerada doença de reis e seus vassalos que usufruíam da boa comida e bons vinhos nos tempos em que a população passava fome.
Hoje é frequente que o surgimento da doença ocorra após os 40 anos na população em geral.
A doença provoca dor e edema (inchaço) nas articulações pela formação de cristais devido ao excesso de ácido úrico no sangue.
Na revista especializada Jama, Bridget M. Kuehn aborda a necessidade de limitar o ônus do crescimento da gota na população. A doença está relacionada à genética e ao estilo de vida inadequado.
Além da medicação contra a condição, a especialista sugere uma dieta rica em frutas, vegetais, cereais e pouca carne vermelha, evitando frutos do mar, carne processada, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Obesidade e menopausa precoce aumentam o risco de gota.
Ao citar pesquisa do médico N. Lawrence Edwards, presidente da Sociedade de Educação sobre Gota e Ácido Úrico, a médica lembra que muitos pacientes não sabem que a doença é uma forma de artrite. Sabem apenas que a gota está associada à obesidade e a um excesso de indulgência para alimentos e bebidas alcoólicas.
Kuehn conclui que os pacientes precisam aceitar que a gota é uma doença do metabolismo, geneticamente determinada, que precisa ser tratada seriamente. Os doentes rejeitam os remédios (exceto quando sentem dor) porque acreditam que a dieta por si só é capaz de controlar a doença.
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