Um estudo acompanhou 82.737 enfermeiras durante 15 anos e encontrou 4.945 casos de rosácea (5,97%), uma doença crônica da pele do rosto não transmissível. Uma das conclusões é que a cafeína do cafezinho consumido comedidamente reduziu a vasodilatação periférica, diminuindo marcas da afecção nessas pacientes.
Suyun Li e colaboradores do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Brown, EUA, destacam também na revista científica Jama Dermatology deste mês que o observado na pesquisa não apoia recomendações anteriores para limitar consumo de cafeína como medida preventiva para a rosácea.
Por outro lado, o chocolate, com discreta quantidade de cafeína, pode ser um fator de risco para um surto da doença, mas pela presença de outros fatores em sua composição. Mas a cafeína, segundo os autores, contém agentes antioxidantes e imunossupressores que sugerem poder reduzir o processo inflamatório da rosácea.
Não há cura definitiva para a rosácea, mas ela pode ser administrada pela atenção especializada de médicos dermatologistas. Entre seus sinais estão manchas vermelhas, vasos sanguíneos dilatados e vermelhidão facial semelhante a rubor.
Segundo o psicodermatologista Tony Bewley, consultor na Barts Health NHS Trust, Londres, em alguns casos pode ser desfigurante, levando o indivíduo a evitar contato público, cancelar compromissos sociais e a demitir-se do trabalho. A afecção provoca estresse e sofrimento psicológico no paciente, relacionado a sentimentos de estigmatização, perda da autoestima e da autoconfiança.
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