A bicicleta é presença constante em nosso meio. Começou como atividade esportiva, passou para os passeios nas férias e está atualmente consolidada no transporte para o trabalho.
Pedalar é uma atividade saudável mas também oferece riscos que precisam ser contornados.
Para a Escola Norueguesa de Ciências do Esporte é indispensável o uso de capacete pelo ciclista. No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro em seu art. 105 torna obrigatório somente que a bicicleta tenha campainha, sinalização noturna e espelho retrovisor do lado esquerdo. Obriga apenas seu condutor a assinalar quando se dirige para a esquerda ou à direita.
Uma análise sobre 85.187 acidentes de bicicleta foi publicada na revista científica Jama Otolaryngology – Head & Neck Surgery por Tania Benjamin e colaboradores.
Observaram que os capacetes reduziram as fraturas da cabeça em 52%, mas apresentaram menores taxas de proteção para lesões em face média e inferior, respectivamente 28% e 21%. Por isso, destacam que lesões faciais e suas graves sequelas são importante problema de saúde pública.
Na revista Ciência & Saúde Coletiva, Carlos A. Moreira de Sousa e colaboradores da Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz, referem que o país possui cerca de 48 milhões de bicicletas e que estudos indicam ser baixo o uso de capacetes pelos ciclistas em todo o mundo.
Daniel Knott, no artigo publicado na Jama, sugere um capacete de rosto inteiro ou um com barra no queixo. Mas além de ser desconfortável, ele diminui o campo de visão periférica. E também não há estudos sobre sua eficiência.
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