O tema da campanha contra a Aids no Carnaval deste ano é “Pare, pense e use camisinha”.
O Ministério da Saúde deveria ter colocado a frase completa: camisinha masculina ou camisinha feminina.
Perderam ótima oportunidade para divulgar a importância da camisinha feminina, que muitos desconhecem, porque ela substitui com eficiência a masculina e é recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A camisinha feminina foi introduzida há mais de 25 anos e vários estudos mostraram sua capacidade em substituir com eficiência a masculina.
Pesquisa pioneira em nosso meio realizada pelo Centro de Estudos Populacionais da Unicamp foi publicada na revista científica International Journal of STD & Aids. A aceitabilidade pelas 2.382 voluntárias foi explicada pela proteção oferecida contra DST (doenças sexualmente transmissíveis), por evitar a gravidez indesejada e por ser uma alternativa ao preservativo masculino.
Segundo a Semina Educativa, criada pela socióloga e doutora em psicologia social Maria Luiza Kayat Eluf há mais de 30 anos para divulgar conceitos de saúde sexual e reprodutiva, a camisinha feminina oferece vantagem para os dois sexos.
Na mulher, previne gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, como Aids e o HPV relacionado ao câncer de colo. Ela já vem lubrificada e pode ser colocada bem antes da relação.
No homem, além de prevenir contra o HPV que pode provocar o câncer de pênis, não provoca alergia e oferece agradável sensação de contato e calor.
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