A mortalidade por armas de fogo é causa principal e amplamente evitável de morte em adultos e jovens entre 15 e 34 anos nos Estados Unidos, México, Brasil e Colômbia, dizem especialistas em saúde pública.
Segundo eles, esse tipo de mortalidade é mais alta onde as armas são facilmente acessíveis e a redução da exposição da população a essas armas é parte de uma solução efetiva.
Na revista The Lancet Public Health deste mês a professora Anna J. Dare e colaboradores da Universidade de Toronto, no Canadá, analisam as taxas de mortalidade no período 1990 a 2015 naqueles quatro países, com base em dados oficiais.
No período foram registradas 106,3 milhões de mortes. Desse total, 2,4 milhões de mortes foram por armas de fogo: 851 mil nos EUA, 272 mil no México, 855 mil no Brasil e 494 mil na Colômbia.
O suicídio foi responsável por mais da metade das mortes por armas nos EUA (479 mil).
Os homicídios destacaram-se no México (82,7%), Colômbia (93,8%) e Brasil (89,5%).
Maior risco de morte por arma de fogo nos quatro países foi percebido em jovens com baixa escolaridade. Também foi observado que negros e pardos correram maior risco de morte por armas nos EUA e Brasil, dizem os autores.
As análises foram estratificadas por homicídio, suicídio, não intencional e indeterminado. Calcularam a mortalidade evitável para cada país e concluíram que as mortes por armas são ações em grande parte evitáveis nos EUA, México, Brasil e Colômbia.
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