Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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Julio Abramczyk

Violência doméstica deixa lesões invisíveis

Há pouca atenção aos traumas cerebrais e suas consequências

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As lesões invisíveis da violência doméstica não são só emocionais. As sobreviventes de feminicídios podem apresentar lesões cerebrais não diagnosticadas no atendimento médico. 

A psiquiatra Eva M. Valera, do Massachussetts General Hospital da Universidade Harvard, EUA, alerta no Journal of Aggression, Maltreatment & Trauma que muita atenção vem sendo dada a atletas masculinos com trauma cerebral por concussão, mas as mulheres são esquecidas.

As consequências, segundo Valera, estão associadas a resultados psicológicos negativos e à deficiente atividade cerebral, como comportamento encrenqueiro e episódios frequentes de esquecimento.

Na mesma revista médica, Julliana N. Nemeth e colaboradores da Universidade Estadual de Ohio, EUA, mostram a pouca percepção do crime. Das 49 mulheres sobreviventes participantes do estudo, 81% relataram ter sido atingidas na cabeça e mais de 83% descreveram tentativas de estrangulamento.

Na América Latina, estudo da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) com 228 mil mulheres entrevistadas em 12 países, de 13,4% a 52,3% relatam violência física em algum momento de suas vidas.

No Brasil, Doriana Alves Rosa e colaboradores da UFMG relatam na revista Saúde em Debate que em 70% dos registros de mulheres vítimas de violência o local do evento foi a própria casa. O baixo grau de instrução, baixa renda e dependência financeira estão associadas à violência do parceiro.

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