As diferentes repercussões clínicas de um vírus em diferentes pacientes é o desafio atual para os cientistas.
Essas alterações surgem desde a dificuldade respiratória aguda grave à aparentemente simples perda da sensação de sentir odores e até à perigosa presença de trombos, uma das marcas da doença segundo especialistas.
Agora, estão sendo incluídas a preocupação com a presença de lesões na pele dias antes de surgirem as primeiras manifestações clínicas da Covid-19.
Para o médico Leonardo Abrucio Neto, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, estudos publicados recentemente em revistas europeias especializadas assinalam a identificação de erupções cutâneas em 20% dos portadores da SARS-CoV-2.
Essas alterações, explica Abrucio, podem ser consequência da resposta imune do organismo ao vírus.
As seguintes diferentes manifestações dermatológicas mais frequentes são as seguintes: exantema (vermelhidão persistente), principalmente no tronco, ou uma erupção cutânea semelhante à da dengue; urticária com muito prurido, precedendo outras alterações na pele; de forma semelhante à varicela, porém com menos coceira, podem aparecer bolhas três dias após o início dos sintomas da doença; lesões violáceas e hemorrágicas nas extremidades dos pés, com oclusão vascular por aumento dos fatores de coagulação em pacientes mais graves.
A maior parte das lesões cutâneas responde positivamente ao tratamento tópico com corticoides e antialérgicos.
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