O transplante do rim de doadores falecidos com HIV para portadores positivos de HIV com doença renal terminal é possível e seguro, concluiu pesquisa publicada no American Journal of Transplantation.
Esse significativo avanço foi desenvolvido no ano passado por equipes coordenadas por Christine M. Durand e colaboradores da Universidade do Cabo, na África do Sul, e por Dorry Segev e colaboradores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Com o financiamento para o estudo do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, 75 adultos foram submetidos ao transplante de rim em 14 centros de pesquisa.
Nos últimos anos, os avanços no tratamento dos portadores de HIV vêm permitindo maior e melhor sobrevida a esses pacientes.
Além do próprio HIV como fator de risco para doença renal crônica e doença renal terminal, outros fatores também costumam contribuir para a efetivação do problema, como o envelhecimento, a hipertensão e o diabetes.
Todos os participantes do estudo sobreviveram ao transplante durante o período médio de acompanhamento, que foi de 16 meses.
Um ano após o transplante, a sobrevida do enxerto foi excelente e comparável entre receptores de rins HIV positivos (91%) e rins HIV negativos (92%).
Não houve diferenças nas taxas de infecções que requerem hospitalização, eventos adversos graves ou complicações relacionadas ao HIV.
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