Palestras, reuniões com poucas pessoas e até eleições de sociedades médicas através da internet já entraram para a rotina.
Mas congresso sobre tema médico em plataforma virtual com tantos participantes parece ser um dos primeiros.
A Conferência Internacional da Associação Alzheimer (AAIA) 2020, instalada em Chicago, EUA, no dia 27 de julho, contou com 50 sessões ao vivo, 32 mil participantes de 160 países e mais de 2.800 apresentações de pôsteres com a possibilidade de conversar com os autores, segundo os seus organizadores.
Novos conhecimentos, como a associação entre menor risco da doença de Alzheimer e a vacinação contra a gripe e pneumonia aos 60 anos e um índice de massa corpórea (IMC) mais baixo no início da vida, foram apresentados, disse a professora Maria C. Carillo, diretora científica da Associação de Alzheimer no encerramento da conferência.
Ela também destacou vários estudos apresentados, como os marcadores biológicos que podem detectar com maior certeza e precisão versões anormais da proteína tau no sangue ou plasma, inclusive a específica para doença de Alzheimer (p-tau217) e diferenciá-la de outras doenças cerebrais degenerativas.
Também fatores de risco para doenças do coração (hipertensão, diabetes e obesidade) na adolescência podem influenciar a memória e a cognição em idade avançada.
Um destaque especial foi dado à educação infantil de boa qualidade, por estar associada a um melhor desempenho de linguagem e memória e a um menor risco de demência tardia.
Durante a conferência foi anunciado o lançamento de pesquisa para analisar o impacto do novo coronavírus no cérebro. A pesquisa terá a participação de especialistas de 30 países e assistência técnica da Organização Mundial da Saúde.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.