A forma recomendada pelas autoridades sanitárias de São Paulo para evitar maior disseminação da Covid-19, manter grande parte da população em suas casas, lembra a possível presença de alguns perigos domésticos para os idosos.
Um desses perigos são os calmantes à base de benzodiazepínicos e os antidepressivos, com frequência associados ao risco de queda em idosos.
Mas existem vários outros perigos nas residências associados a quedas em sexagenários ou de mais idade que não recebem o necessário destaque, segundo um estudo realizado por médicos da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais.
Relatada na revista Ciência & Saúde Coletiva, a pesquisa demonstra que a população idosa em geral tem pouco conhecimento sobre a importância e repercussão das quedas.
Mas os idosos da periferia, entretanto, relatam conhecer os riscos das quedas. Os autores explicam que esse conhecimento se deve ao maior contato dos idosos com as equipes das unidades de atenção primária do município, onde as políticas preventivas de saúde são enfatizadas aos usuários.
Para o estudo foram selecionados 601 idosos entre 60 e 95 anos, mais da metade do sexo feminino (58%). Do total, 101 idosos (16,8%) recusaram-se a participar da pesquisa.
O fator de risco domiciliar identificado como o mais presente foi o de deixar as luzes apagadas à noite, no quarto de dormir. Entre vários outros estão levantar-se à noite, banheiro escorregadio e sem proteção, escada sem corrimão, viver sozinho ou com outro idoso, assentos sem braços ou encostos, usar calçado inadequado, usar em casa roupas muito longas.
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