Leandro Colon

Diretor da Sucursal de Brasília, foi correspondente em Londres. Vencedor de dois prêmios Esso.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Leandro Colon

Primeiro mês expôs limitações de Bolsonaro e fragilidades do governo

Relação com novo Congresso será teste para presidente começar a provar que tem capacidade política

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A quatro dias de completar um mês no cargo de presidente, Jair Bolsonaro coleciona episódios que expuseram suas limitações e os pontos frágeis do governo.

Há duas opções diante deste cenário: 1. Corrigir eventuais falhas para que a gestão entre em um voo de cruzeiro o quanto antes. 2. Ignorar os sinais preocupantes emitidos na decolagem e tratar com normalidade o que deveria ser alvo de reflexão.

As impressões até agora passadas por Bolsonaro e aliados palacianos apontam que a segunda alternativa é a mais plausível, sinalizando alta probabilidade de turbulências.

Sem aviso prévio, por exemplo, o governo editou o decreto que fragiliza a Lei de Acesso à informação ao permitir que servidores comissionados —os de confiança e de livre nomeação— possam classificar documentos como ultrassecretos e secretos. Um golpe na transparência. 

E qual foi a reação governista à repercussão negativa? Defender a medida com argumentos vagos, como fez o vice-presidente, Hamilton Mourão, que assinou a mudança na condição de presidente interino. 

“A transparência está mantida e aqui no Brasil são raríssimas as coisas que são ultrassecretas”, disse. Ele tem razão em pontuar a raridade da classificação, mas se esqueceu de complementar que decorre justamente do fato de que até hoje apenas um grupo restrito de autoridades detinha aval para tanto. Agora, aumentando o leque de pessoas aptas, mais documentos deverão passar para o grau de sigilo máximo.

O comportamento de Bolsonaro em relação às suspeitas sobre seu filho e senador eleito, Flávio, é outro ponto sensível do primeiro mês de Planalto. O presidente parece não ter compreendido que a crise respinga no governo e exige resposta rápida e convincente, e não a declaração em que chamou de “garoto” o filho de 38 anos, prestes a virar senador.

O segundo mês de governo dará início à sua relação com o Congresso. Será o teste de fogo para Bolsonaro começar a provar que tem (ou não) capacidade política de dirigir o país.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.