Em declaração recente, o presidente Jair Bolsonaro disse que pode ter sido infectado pelo novo coronavírus e fará mais um teste. Se isso for verdade, a Covid-19 se manifestou de forma diferente no organismo do presidente, causando sintomas muito particulares.
Um deles atinge a região da garganta, ocasionando extrema dificuldade de engolir verdades como a urgência de investimentos na pesquisa científica, a importância do SUS e de programas de distribuição de renda como o Bolsa Família, o imprescindível retorno dos médicos cubanos e o valioso legado dos artistas e profissionais de cultura —filmes, novelas, séries, músicas, livros— que acompanhará milhões de brasileiros ao longo desse período de confinamento.
Seu cotovelo também apresenta fortes dores, já que ele demonstra estar enciumado com o “protagonismo” do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O mesmo acontece em relação aos governadores João Doria, de São Paulo, e Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, que estão agindo para combater a pandemia, enquanto Bolsonaro edita às pressas uma medida provisória para restringir a autonomia dos estados.
Outra manifestação da doença no presidente são enxaquecas causadas pelo barulho ensurdecedor das panelas e dos gritos de “fora, Bolsonaro” entoados todas as noites, geralmente a partir das 20h.
Seus reflexos e coordenação motora também parecem ter sido prejudicados, dada sua dificuldade em vestir sua máscara de proteção durante uma entrevista coletiva.
O presidente também tem sido acometido por crises de insônia, pensando nas projeções do futuro.
Engana-se quem pensa que ele está preocupado com o pico da doença e o colapso do sistema de saúde. Bolsonaro sabe que atravessa o momento mais vulnerável de seu mandato e vê sua reeleição
se tornar um sonho cada vez mais distante.
Mas o mais grave dos sintomas são suas intensas alucinações, como a ideia de que a Covid-19 pode ser curada com cloroquina, ainda que os efeitos da substância sobre o vírus não tenham sido comprovados cientificamente e ainda estejam em fase de testes.
Isso sem contar o delírio de que “uma gripezinha” não vai derrubá-lo, quando diagnósticos apontam que ele já começa a cair.
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