Mara Gama

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Descrição de chapéu sustentabilidade

Começa em junho plantio de orgânicos para preservar água de Tinguá

Para garantir qualidade da água, empresa investe em cinturão de agricultura livre agrotóxicos no Rio

A demanda por orgânicos cresce 30% ao ano no Brasil, segundo dados divulgados pelo Sebrae.

Além da importância da produção de hortaliças, ervas, frutas e legumes cultivados dessa forma para suprir a demanda crescente por alimentação mais saudável, a agricultura orgânica, por não usar agrotóxicos, forma um escudo de proteção do solo e dos mananciais contra as substâncias altamente contaminantes presentes nesses venenos.

Modelo de cultivo orgânico em mandala já implantado na região do Projeto Caruanas, no Estado do Rio
Modelo de cultivo orgânico em mandala já implantado na região do Projeto Caruanas, no Estado do Rio - Louis Perrin/Livelihoods Funds

Partindo da necessidade de preservar a qualidade da água, o que significa garantir solo e subsolo livres de agrotóxicos, foi desenhado o projeto Caruanas. Ele será instalado em uma área de 1 mil hectares, a 60 km do Rio, entre os municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias.

O objetivo é, em 8 anos, criar o maior cinturão de agricultura orgânica do Estado e com isso proteger a bacia hidrográfica do Tinguá.

O investimento anunciado pela Danone e pelo fundo Livelihoods é de R$ 5,5 milhões. A Danone é a dona da água mineral Bonafont, que extrai da fonte Tinguá.

No próximo mês de junho, o projeto vai entregar a 50 agricultores —25 de cada uma das cidades— o material necessário para implantar o modelo de estrutura agroecológica nas terras a serem cultivadas, que são pequenas propriedades de até 4 hectares, com uma tecnologia adotada pelo Sebrae do Rio.

Nesse modelo, mudas de árvores frutíferas e de hortaliças devem organizar um espaço circular com cerca de meio hectare. A irrigação será por sistema de gotejamento e alimentada por energia solar. As bordas da estrutura circular serão destinadas ao cultivo e o centro a um galinheiro, para fornecimento de ovos para as famílias e adubo para a lavoura.

Entre setembro e outubro, devem estar nos mercados locais as produções desses primeiros grupos de agricultores.

O projeto Caruanas deve atingir 250 famílias durante os 8 anos de duração. As famílias se candidataram a participar do projeto e recebem treinamento pelo Sebrae.

Segundo Wilson Mello, vice-presidente de assuntos corportativos da Danone, o Caruanas deve servir de modelo. Existe um mapeamento para identificar as bacias que servem às outras fontes da empresa no Brasil —há duas no estado de São Paulo, uma em Itapecerica da Serra e outra em Jundiaí, e uma em Minas, na cidade de Jacutinga.

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