Se você está tendo de fazer comida todo dia, almoço e janta, pela primeira vez na vida, pode estar se dando conta do tamanho do desperdício de alimentos e do volume e velocidade da geração de lixo.
Nos períodos de funcionamento normal do mundo já é assim. Cada pessoa gera mais de 1 kg de lixo residencial por dia. Agora, com o confinamento, a estimativa das empresas do setor é que a geração dos resíduos domésticos cresça de 15% a 25%.
O que fazer? Além de não deixar de fazer a separação dos recicláveis —papel, alumínio, plástico e vidro— e enviá-los para a coleta seletiva, você pode contribuir com a coletividade e o meio ambiente resolvendo parte do seu lixo orgânico em casa.
Como fazer? A saída é a compostagem. Há vários métodos e formatos. Para quem está começando, sugiro a vermicompostagem, que é a compostagem de alimentos com o uso de minhocas.
Existem vários modelos —e preços— no mercado. Você vai gastar de R$ 180 até R$ 500 em média com as caixas de plástico empilháveis, com furos para a passagem de minhocas e do líquido e a caixa de baixo com torneirinha, e mais cerca de R$ 80 com minhocas e serragem.
Fique atento para não comprar apenas as caixas. A serragem e as minhocas são essenciais. A serragem é necessária para cobrir os restos a cada carga que você coloca na composteira e as minhocas são o motor do processo de decomposição.
As quantias acima não incluem frete, que varia para cada região.
Os tamanhos variam de acordo com a quantidade de pessoas na casa. Mas atenção: se você é vegetariano ou come muitos legumes e frutas em casa, pode ter que precisar de uma composteira maior.
Nas vermicomposteiras, você vai poder colocar restos e cascas de frutas, legumes, verduras, grãos e sementes, sachê de chá, borra e filtro de café, cascas de ovo. Para cobrir cada carga de restos colocada, você tem de usar serragem ou folhas secas.
As orientações básicas são manter as composteira em local arejado e protegido do sol, colocar os orgânicos picados na caixa e cobrir com material seco, como serragem ou folhas.
Além disso, trocar as caixas de lugar assim que estiverem cheias, coletar o fertilizante semanalmente em garrafas e diluir com água (uma parte do líquido para dez partes de água) antes de colocar nas plantas. Depois de três meses, cada gaveta pode ser revolvida e o composto colocado em vasos e canteiros.
Claudio Spínola, da Morada da Floresta, diz que as vendas estão em alta. “As pessoas estão em casa e lidando com essas questões todas de resíduos, de alimentação, refletindo e pensando em novas soluções. Pense num apartamento. Ter a composteira diminui até o número de viagens que você tem de fazer no elevador do prédio para colocar o lixo”, diz.
Segundo Spínola, atualmente são 25 mil famílias usando as composteiras da Morada. Calculando o carregamento diário familiar de 2 kg de orgânicos, são 50 toneladas por dia que deixam de ir para os aterros sanitários e viram adubo em casa, servindo para fertilizar flores e plantas. As entregas da Morada podem demorar até cinco dias úteis, de acordo com o modo escolhido pelo cliente. É possível também ir buscar na loja.
No site Ecocoisas, as entregas são feitas por correio ou por Uber. Os prazos de entregas variam de acordo com o funcionamento dos Correios.
O site Ecycle, que tem várias marcas e modelos, as entregas por Sedex , para São Paulo, foram calculadas em 9 dias úteis.
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